Friday, August 31

Nada e coisa alguma


Uma vez, eu li em algum lugar que... sempre que você faz uma pergunta, a natureza te responde. E que, infelizmente, estamos tão distantes do nosso sexto sentido que raramente encontramos as respostas.

Levando isto em consideração, eu tenho a mania esquisita de achar que tudo é um sinal... Ou que alguma coisa está sendo dita. Na realidade, não deixa de ser. E gosto de tomar nota de algumas delas.

Por exemplo, até meados deste ano, eu era alguém não-diferente do que vinha sendo há 10 anos - ou quase isso. Cada um teria uma justificativa para concordar ou discordar, então vou tentar explicar melhor.

Até 2012 desejei algumas coisas que não se concretizavam, e, repentinamente, resolveram acontecer. É como um ano onde sou desvirginada uma porção de vezes, por n motivos.

Meu aniversário de 28 anos está na porta. E sei que as promessas do que virão a partir disso serão muito positivas porque acho que, finalmente, estou em paz comigo mesma.

Ano passado, coisas parecidas se amontoaram no mês de julho. Então, não sei dizer se por ansiedade ou burrice, vi tudo se esvair como cinzas ao vento. Aí, mais um ano chegou... E precisei dele para me recuperar, acredito. Então, novamente: coisas aconteceram.

Não é que, de repente, fiquei paciente. Mas, se já tinha um fluxo grosseiro para agir racionalmente, este ano a mais deu um plus absurdo... O "mimimi" ou aquele maldito "mas" inaudível de minhas escolhas imaturas morreram junto com elas.

Eu já gostei de manter uma imagem de garotinha... Já curti me sentir mais nova... Parecia que eu era mais inteligente que minha idade... Mas, na realidade, prefiro ter uma carinha mais velha e aproveitar da vida adulta, assumir responsabilidades e seguir adiante. É legal ser maturo!

O Pequeno Príncipe e Peter Pan que me perdoem! Até porque, cotinuo curtindo muita coisa do mundo jovem... Eu gosto de The Sims, gosto de jogar video game (Lara Croft que diga!), sou uma fã assumida de Harry Potter e literatura infanto juvenil... Adoro uma comédia romântica besta, um filme de ficção e animação... Mas eu também quero ser capaz de assumir estes 28 anos com maestria.

Está claro que uma coisa não impede a outra. Portanto, crescer não é um bicho de oito cabeças. Não amadurecer é que, uma hora, pode transformar você numa criatura esquisita. Mas eu não vim aqui para falar dos outros (já falando), então... eis que... gostaria de me ler futuramente... e me avisar que já estou orgulhosa de pensar desta forma com menos de 30 anos de idade.

Monday, August 27

Amor maduro


O amor maduro não é menor em intensidade. Ele é apenas silencioso. Não é menor em extensão. É mais definido, colorido e poetizado. Não carece de demonstrações: presenteia com a verdade do sentimento. Não precisa de presenças exigidas: amplia-se com as ausências significantes. 

O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo. Mas vive dos problemas da felicidade. Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem e o prazer. Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro. 

Na felicidade está o encontro de peles, o ficar com o gosto da boca e do cheiro, está a compreensão antecipada, a adivinhação, o presente de valor interior, a emoção vivida em conjunto, os discursos silenciosos da percepção, o prazer de conviver, o equilibrio de carne e de espírito. 

O amor maduro é a valorização do melhor do outro e a relação com a parte salva de cada pessoa. Ele vive do que não morreu mesmo tendo ficado para depois. Vive do que fermentou criando dimensões novas para sentimentos antigos, jardins abandonados, cheios de sementes.

Ele não pede... tem. Não reivindica... consegue. Não percebe... recebe. Não exige... dá. Não pergunta... adivinha. Existe para fazer feliz. 

O amor maduro cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilusão. Basta-se com o todo do pouco. Não precisa e nem quer nada do muito. Está relacionado com a vida e sua incompletude, por isso é pleno em cada ninharia por ele transformada em paraíso. 

É feito de compreensão, música e mistério. É a forma sublime de ser adulto e a forma adulta de ser sublime e criança. É o sol de outono: nítido mas doce..., luminoso, sem ofuscar..., suave mas definido..., discreto mas certo. 

Um Sol que aquece até queimar. 

Artur da Távola

Thursday, August 23

Nas entrelinhas dos livros


"Ele é o único homem que já fez o sangue disparar nas minhas veias. Mas também é muito antipático. Difícil, complicado e confuso. Uma hora me rejeita, em seguida me manda livros de quatorze mil dólares, depois me segue como um espião. E, apesar de tudo, passei a noite em sua suíte de hotel, e sinto-me em segurança. Protegida. Ele se importa o suficiente para me resgatar de um perigo evidente. Não é um cavaleiro das trevas coisa nenhuma, e sim um cavaleiro romântico numa deslumbrante armadura reluzente, um herói clássico. Sir Gawain ou Sir Lancelot."

Cinquenta tons de cinza

Monday, August 20

Céu de letrinhas


Meu irmão, que raiva! Custava nada me dar um fora? Ou aceitar alguma coisa, soltar uma indireta, um peidinho? Qualquer merda que aliviasse o desespero? Próximo da fila ou paixonite aguda?

Porram!


Eu queria deixar minha cabeça no modo stand by. Às vezes é frustrante saber que um computador tem inteligência artificial, que desliga quando está cansado. A gente dorme, vocês têm razão... Mas é pouco demais para o tempo que gostaria.

Eu queria um ano. Talvez mais. O tempo não é importante. Eu não ia perceber. Uma hora, estaria acordando, encontrando um mundo diferente e tendo a chance de explorar coisas novas.

Eu gostaria de ser abduzida, então. Para uma nova galáxia! Uma realidade paralela inimaginável! Sem escrita, sem quaisquer das coisas que costumam me deixar muito mal, muito mal mesmo.

Meu Deus. A quem estou querendo enganar? Estava levando uma surra virtual de Amanda (vasedanar!) e cheguei a comentar que tudo que escrevo é uma merda tão grande que minhas palavras cometem suicídio. E o pior de tudo é que eu tenho a imagem de todo este texto numa filinha indiana, se jogando de um precipício muito alto.

Comentei, inclusive, que detesto escrever porcaria ou "qualquer coisa". Que me dói na alma não saber se existe um céu para as palavras. E que matá-las desse jeito, como estou fazendo, é cruel. Estou lotando um céu de letrinhas! Que Deus me perdoe.

Saturday, August 18

E aí?


E aí que eu tô aqui... pensando nas coisas mais absurdas e improváveis de toda minha vida. Esperando uma mensagem que não vem. Uma ligação impossível. Um convite absurdo, um sinal do além que jamais terá forma. Estou a mercê, à deriva. E, de todas as vezes em que tentei lutar, nadei contra a maré.

Okay, resolvi aceitar o que veio. De bom grado, inclusive. Então, comecei a me distanciar do mundo celestial, onde uma galáxia e outra espécie de equilíbrio, o bem e o mal, a necessidade e o luxo inexistem para viver "qualquer coisa" [cheia de expectativas].

Puft! Caí na real. Me arrancaram precocemente, como erva daninha (que não sou). Mas, poxa, já estava germinando, criando raízes, afofando o meu território. :/ O coração, vazio, se encheu de um negócio... Mas as paredes sem muito reforço... estouraram na primeira cutucada.

O que não é trágico.

Mas não deixa de ser idiota.

Então eu tomei vergonha na cara e procurei o meu lugar. >:/



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Tuesday, August 14

Bobagem virual


Eu tenho me questionado um bocado (novidade!). Mas, na real, eu tenho muita curiosidade em saber o que diabos eu costumava escrever quando era adolescente. Infelizmente, as páginas não existem mais... (Ou felizmente!) O fato é que gostaria de não ter deletado meus antigos blogs, diários virtuais e afins. 

Eu sou do tipo que gosta de escrever em papel. Com caneta. Mas naquela época, ter um computador ainda era novidade. E cheguei a abandonar um pouco o jeitinho tradicional... Resultado: tem fases da minha vida que documentei e deletei. E que, nos últimos dias, por mais estúpidos que fossem os textos, eu gostaria de lê-los.

Não é que eu tenha a mente fraca, poucas lembranças... É só que... eu gosto de detalhes. Eu gosto de ver como pensava e coloria a minha vida... Não sei como explicar. Só gostaria de ter acesso àquelas bobagens, hoje. Especialmente. Para me ocupar um pouco e parar de pensar... de pensar em... Enfim.

Hoje eu vou abrir um parênteses, dizer o que tenho vontade... Porque, às vezes, a gente perde tanto tempo brincando de ser tradicional, de ser quadrado... que a estrutura acaba cedendo só para ter outro formato. Então, e diante disto, hoje, quero ser apenas alguém no computador dizendo alguma coisa.

Wednesday, August 8

Dos 7 pecados...


Eu gosto de comer sushi. Adoro lanchar na Subway. McDonald's, não importa a polêmica, é clássica! E se me convidar para tomar um Ovomaltine na Bob's, vou achar que está apaixonado. Brigadeiro é uma coisa boa na sexta-feira! E pipoca com leite condensado para uma sessão de cinema em casa: divino. Comer a sobra do final de semana no almoço é massa! Só não é melhor que R.O. (resto de ontem) de pizza. E, sempre, o melhor de tudo isso é fazer tudo isso em casa - chupando os dedos e lambendo o prato!


Friday, August 3

E se quiser...


se ainda te quiser,
não desobedeça -
e por favor desapareça - 
porque,
se
ainda
te
quiser,
já não te quero mais.

Thursday, August 2

Para você


que nunca terei
- porque jamais existiu:
a minha saudade.
O desejo eterno
de realizar
e dividir
os mais belos,
incríveis
e sinceros
felizes dias
da minha vida...
Para todo o sempre.



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