Friday, May 17

Quem poderia ser a uma hora dessas?


Lemony Snicket! Meu caríssimo Lemony Snicket, autor de livros como "Desventura em série" e "Por isso a gente acabou"! Rapaz, ler as obras dele é como mergulhar numa praia de águas quentes e ondas geladas.

Eu senti falta de maiores detalhes sobre os personagens. Eles são superficiais e enigmáticos demais. Tudo é mistério, na realidade. O livro acaba sem fim, tem perguntas sem respostas (ok, pode ser um dos objetivos) e apesar do sarcasmo divertidíssimo de sempre, é uma história que não acrescenta alguma coisa relevante. Sinto como se tudo que li fosse parte de um boato sem importância.

De qualquer forma, o interessante neste livro é que nos deparamos com um personagem que tem o nome do próprio autor! É claro que, se alguém já pesquisou alguma coisa sobre ele, sabe que não é seu nome verdadeiro, apesar de continuar assinando os livros (suas entrevistas, inclusive, tendem a certa peculiaridade, como se encarnasse um "sério personagem comediante").

Vou aguardar e ler os próximos... Quem sabe, com um pouco mais de informação, tenhamos alguma posição mais efetiva sobre esta série. Ele merece uma segunda chance. A leitura dele merece.

Trechos anotados:

Página 40: "Saber que uma coisa está errada e mesmo assim fazê-la é algo que acontece com bastante frequência na vida, e duvido que algum dia eu saiba o porquê."

Página 73: "Antes fui uma criança que recebeu uma educação incomum e, antes disso, fui um bebê que, segundo me contaram, gostava de se olhar no eSPELHO e enfiar os dedos do pé na boca. Eu era aquele rapaz, e aquela criança, e aquele bebê, e o prédio que estava à minha frente era a prefeitura. À minha frente havia minha vida de adulto, e depois um esqueleto, e depois mais nada, exceto, talvez, uns poucos livros na estante."

Página 217: "- Lembrei de um livro que meu pai costumava ler para mim - ela disse. - Um monte de elfos e outras criaturas  entram numa tremenda guerra por causa de uma joia que todo mundo quer, mas ninguém pode usar.
- Nunca gostei muito desse tipo de livro - respondi. - Sempre tem um mago muito poderoso que acaba não ajudando muito." (Alguém sentiu a referência, aí? Rsrsrs! Curti!)




---
227928

Saturday, May 11

Celeste e o trem descarrilado

Acordei às 7h e pouca da manhã. Aproveitei para colocar algumas coisas em prática... Em algum momento, abri a janela, e notei que o tempo fechou. Não prestei atenção se choveu, quando senti aquele desejo estranho, enterrado, de procurar uma determinada imagem: um trem descarrilado.


Encontrei vários. Poucos segundos depois, estava definida como uma vida de trilhos enferrujados e trechos partidos não viajados. Neste momento, homens trabalhavam no vagão condutor... enquanto, silenciosa, colhia tufos de pequenas flores que teimavam surgir pelo caminho macabro e inutilizado que sucedeu.



O vestido que usava e aquelas botinas desconfortáveis não pareciam coisa minha. Notei um monocromatismo, exceto pelos homens de colete e capacete em vermelho que demoraram (tanto!) para chegar e colocar aquele maquinário de volta no eixo. Gritavam animados e trabalhavam em equipe numa friagem peculiar e incomum.

Lembrei de ter deixado o trem no piloto automático para impedir que os últimos vagões se desprendessem e ficassem pelo caminho de sua própria trilha. Me interpus entre eles, servindo de ferrolho, levando sol e chuva... Até, cansada, ceder espaço e posteriormente, notar a entrada de alguma coisa nova à frente.

Um passageiro?
Uma estação?
Um vagão?
Um túnel de cores?

Tem alguma coisa errada acontecendo? Ou alguma coisa muito certa prestes a sucedê-la?

---

Eu nem sabia mais como fazia destas coisas. Tô meio desapegada de umas... "constantes". Este post está pronto desde ontem. E por falta de motivo não joguei no blog antes.

Talvez seja o momento exato, nem sei direito. O fato é que... eu descobri uma coisa e tô pipocando de felicidade. Tinha deixado até um depoimento no Facebook mas apaguei por que não fez muito sentido... Na realidade, eu queria dividir com uma pessoa que não estou podendo. Acho que era só isso.

(Um prato cheio para quem gosta de Celeste!)

Tuesday, May 7

Livro do Pirata

Na realidade, essa postagem não tem muito a ver com seu título. (Já notaram que tenho o costume de fazer dessas coisas?) Neste caso em particular, me ocorreram duas situações e uma conexão de pouco sentido: eis que senti o desejo de soltar palavras sobre o vento, o mar e barcos... E lembrei de um livro fabuloso do setor infantil que costumo indicar para presente: ele monta um barco e tem curiosidades sobre a vida dos piratas. Pronto. Justificado. Agora vamos brincar com as palavras.

Às vezes tenho a sensação de,
Por não muito escrever,
E pouco verbalizar,
Viver numa perfeira intensidade
De ondas pacíficas,
Um céu tropical,
Uma ilha à vista,
Noites estreladas,
Banquetes de peixe frito,
Descanso na rede,
Pés na areia,
Cochilo à tarde,
Ondas calmantes...
Harmonia de estar,
Pelo tempo que vier,
E se for,
Em
Nossa
Cumplicidade.