Saturday, June 27

Entre as linhas

das palavras. Liberta.


Tinha fugido do sono. Como se não desejasse encarar o tormento da noite silenciosa - aquela que escuta todos os problemas que você não quer pensar, não diz absolutamente nada e, mesmo assim, parece dar os melhores e mais doloríveis conselhos do mundo.

"Considero injusto o caminho que algumas coisas seguem, porque é como uma consciência ignorante - nasceu uma árvore que só dava mangas murchas. Por que culpar o jardineiro que tinha esperança e quis tentar? Ou, por que sacrificá-lo quando se cansou de trocar o adubo e desistiu?"

Já no dia seguinte, fiquei recostada, olhando minha cortina azul enquanto abocanhava a tampa da caneta, imaginando o que iria pensar e dizer na linha seguinte. Me perdi fantasiando as entrelinhas de minhas próprias palavras. Como uma receita milagrosa, de - dentro - para - fora.



Se não quiser o bem, também não faça o mal. Welcome to my world! Se não aceitam, que se deixe em paz, Tormentos. Demônios.



Fuck It - Eamon

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