Aproveitei para trazer o notebook à cozinha e me sentei numa das cadeiras altas desta parte da casa para escrever...
"A janela tinha o tom alaranjado... E alguém de cabelos curtos, sem camisa, andava no que parecia ser um quarto, naquele edifício do quateirão à frente. Ventava gostoso, mas eu não consegui definir porque escolhi aquele alvo para observar...
Desejei que tivesse me visto... Que fosse o homem da minha vida, aquele com quem terei filhos e irei morar num país frio. Alguém que se empolgará com meus escritos e me dará apoio incondicional à meus sonhos... Que saberá questionar, me intrigar, para sempre.
Não sei dizer se me apercebeu (sequer responderia com certeza que tal palavra existe)... Então, tomada pela som da água borbulhante, e da panela que apitava estridente sobre a água fervida, terminei o texto e voltei à realidade."
RODAPÉ
29206 (OBG, pessoas!)
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