Tuesday, May 17

Surpreenda!

Estava assistindo o vídeo que mais gosto da Ana Carolina (disponível no fim do post) e cheguei a conclusão de que fui sortuda no que diz respeito a... "relacionamentos". Quero dizer: romances.

Eu sempre me vi, e isso começou na adolescência, como alguém que jamais teria o cabelo bonito, a pele bonita, uma altura ideal, um sorriso cativante ou uma personalidade invejável.

E tudo isso é muito engraçado quando alguém diz que tenho alguma dessas qualidades porque, não adianta, eu simplesmente não acredito. Na melhor das hipóteses, levo na esportiva e me divirto.

Enfim, de volta ao post, e relembrando outra situação... Certa vez, um colega disse que eu tinha o dedo podre na hora de escolher alguém para se apaixonar. Hoje, costumo dizer a mesma coisa.

Mas a verdade, meus queridos, a verdade é que não é verdade! Porque eu não me apaixonei por ninguém que me decepcionou por antecedência. A decepção, inclusive, se tornou "decepção" porque não surpreendeu ou deixou-se de!

Por exemplo, às vezes, quando converso com alguém sobre X (raramente, confesso, porque, depois de alguns meses, senti vergonha e tenho até hoje de assumir que me envolvi com ele), enxergo todos os defeitos e fico angustiada, querendo voltar no tempo para não fazer. Mas sabe de uma coisa? Eu recebia telefonemas lindos, todos os dias! Eu ganhei bichinhos de pelúcia, inúmeros almoços à dois, passeios na praia, risadas sem fim e, nooossaaa, vááárias sessões de webcam, telefone e ao vivo onde ele cantava músicas românticas com voz e violão. Eu queria mais o quê da vida?

Depois, posso falar de Y. Era muito reservado, falava pouco da vida pessoal. Acho que me enrolava bocados. Naquela época eu também era mais inocente ainda e tenho um pouco de raiva disso. Mas, será? Ele passava as madrugadas inteiras comigo no telefone, ligava toda tarde, escrevia inúmeras coisas lindas, e todo dia, o meu e-mail estava cheio de palavras meigas! Todo final de semana, a gente visitava museus, bibliotecas! Ele fez uma tour comigo pelo centro do Recife e me contou histórias incríveis da cidade. Era um geniozinho modesto, charmoso e cheiroso que me ensinava filosofia enquanto me paquerava mostrando aquele sorriso.

Então, e desse eu acho que mesmo se chamá-lo de Z (ou seria Zé?) todo mundo vai entender de quem estou falando, veio o namorado! Eu andava na rua de mãos dadas me sentindo a pessoa mais importante da face da terra. Confesso que lembro pouco de nossos desentendimentos, mas compreendo o fim e, infelizmente, o pior veio depois disso. Estamos bem agora, somos colegas. O fato é que... o jeito como fui pedida em namoro foi lindo! Ele é iluminador, então, seria até estúpido esperar alguma coisa completamente diferente. E suas aparições surpresas geralmente acabavam muito bem. Recebia flores e cartões.

Também teria o rapaz W, que veio antes do X, Y e Z, e foi quem mais me enlouqueceu e fez loucuras lindas à distância. Acordava às 4h da manhã para falar comigo, aqui, de meia-noite. Mandou bichinhos de pelúcia, fez telefonemas, ameaçou chegar na minha porta de mala em punhos, fez os juramentos de almas gêmeas mais "encaixáveis" que eu poderia ter, mas eu prefiro, por opção, não expandir porque... situações mais recentes e bastanteee decepcionantes colocou tudo isso a perder e ainda estou me recuperando e tentando me agarrar apenas a fase boa. Era um conto... e não deveria ser de fadas.

Então, bem, eu acho que agora entendo perfeitamente. Primeiro porque entre X, Y, Z e W, tiveram minúsculos momentos de afeto com pessoas que não deixaram valores, nada que mereça relevância. E depois, porque, convenhamos, não é surpreender, é "como" surpreender. Concordam? O mundo precisa de mais energia no amor! As pessoas perdem muito mais tempo se preocupando em passar uma imagem de si próprio com alguém, do que em fazer bem aquele quem. Fica o apelo pelo amor. Aqui. ;}




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Azul com azul dá azul-marinho? Azul do céu à noite, cheio de estrelas?

46065 - uiaaa, min'!

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