Monday, November 7

Celeste e novas paisagens


Lembrou-se da última vez em que resolveu arrumar as malas e pegar um avião... Sensação gostosa... Um pouco assustadora, cheia de expectativas...

Então veio a metáfora. É, lá estava a mesa de madeira, um par de mãos que não sabia de quem era... E pedras. Cartas? Bom, eram pedras, mas podia ser qualquer coisa.

Provavelmente, estariam organizadas. As pedras. Alinhadinhas, milimetricamente dispostas no meio da mesa. Então, as viagens faziam disso: bagunça.

Ela imaginava o par de mãos desconhecida juntando todas as pedrinhas. Então, sacolejavam tudo, bagunçando o suficiente, e arremessavam tudo na mesa outra vez.

Ah, ela queria! Desejou até que algumas pedras caíssem no chão, partissem no meio, desaparecessem. E que outras, de cores distintas, surgissem.

Bagunce! A vírgula é pequena, jogue o resto para o alto, deixe alguma coisa nova entrar, derrube o que é velho e ultrapassado! - torceu forte deixando o destino pregar uma peça.

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