Thursday, February 9

Celeste em: sonhos


Ela abriu os olhos e não conseguiu enxergar coisa alguma. "É noite?", foi tudo que pensou. Por alguma obra irregular do seu próprio destino, estava em casa. Ouvia o som do rádio que vinha da cozinha... e barulhos familiares. "Estou em casa? Mas que droga é esta?"

Levantou com rapidez, atordoada. Estava em seu quarto de anos atrás, um lugar que não existia mais. Ficou tão confusa que decidiu, por bem, desmaiar. Seu corpo caiu no chão e ela resolveu fechar os próprios olhos. Depois, se deu conta de que não estava desmaiada, só fingindo tudo.

Abriu os olhos... Estava na cama. O dia havia nascido. Se espreguiçou achando o sonho a coisa mais inútil que seu juízo já tinha enviado (porque ela gostava de interpretá-los. Tinha um livro na gaveta da mesinha de cabeceira para qualquer dúvida). "Por falar no livro..." Então percebeu que não estava em casa.

Coçou os olhos e abriu a boca. "É sério que não estou em casa? Por que não consigo me lembrar de como cheguei na casa da minha mãe?" Ouviu os mesmos ruídos da cozinha... Um cheiro de pré-almoço invadindo seu quarto azul, "azul da cor Celeste!", completou. "Ué, onde está o meu novo rosa?"

Quando acordou, estava no flat. O dia amanhecia com certa dificuldade. Quando isso acontecia, ela sabia que tinha que separar um casaco decente. Então, ouviu os mesmos sons na cozinha.  Mas estava no flat. Como era possível? Alguém havia invadido a própria casa e estava... cozinhando?

"Não gosto quando essas coisas acontecem", pensou arrancando os lençóis. Tentou se chatear, mas não conseguiu... Era quinta-feira. "Quinta-feira é sempre bem-vinda! É a expetativa da sexta, do sábado e do domingo!" E ela adorava saber que poderia ler noite à dentro.



Tô ouvindo o score de "Cruel Intentions" (antigão!).

No comments: