Quem deseja ser escritor, sofre. Sofre porque deseja escrever e nem sempre gosta do que diz. A plenitude do escritor está nas palavras que nem sempre se mostram. O azar está na ausência de prazo, no tempo em si mesmo. E eu acho que minha falta de vícios é um agravante. Porque não tenho alma boêmia, não fumo, não bebo... Não galanteio, nem deixo recados no espelho. Não tenho cheiro de roupa guardada, meu quarto é organizado e, apesar de madrugar, estou em casa. Não sei jogar dominó como outros experts e gosto de historinhas bobas no cinema, como as eternas comédias românticas.
Pobre de mim.
No comments:
Post a Comment