Friday, May 25

Dez anos!


Separei a imagem desde ontem porque hoje é um dia memorável. 10 anos atrás... quem diria! Conheci pessoas que marcaram a história da minha vida. Tantos anos depois, eu poderia simplesmente ignorar... Ou jogar pela janela... Tratar com indiferença... Mas eu tenho um certo misticismo, um sexto sentido, um feeling particular que foi duplicado anos atrás e respeito.

Também não posso esquecer das pessoas que conheci... E dos amigos que trago no peito desde então. Alguns mais afastados, outros mais próximos... Mas todos no meu coração, guardados com carinho (mesmo!). Afinal, como posso me esquecer de tantas situações que desencadearam um efeito dominó?

Quando penso em "vinte e cinco do cinco", meu cérebro jogar um vestido preto na minha cara, um cabelo ressequido e um par de olhos azuis. Depois, acordo na varandinha de uma casa de praia toda de madeira. Eu vejo a chuva, sinto frio nas mãos e um cheiro de mar enfraquecido.

Eu não tenho certeza, mas acho que, no começo, tinha música. Trilha sonora New Age! E chá. Quando os detalhes vão intoxicando o meu cérebro, escuto o barulho de cadeiras de plástico raspando no chão de pedras. Sinto a presença de um grupo de pessoas em silêncio, dando ouvidos a alguém que amei e, subitamente, odiei.

O mais engraçado de tudo... é que foi melhor porque deu tudo errado. Agora, lembro da minha adolescência como a de alguém que acabou tropeçando em armadilhas e caiu numa realidade paralela... Viveu algumas aventuras e voltou com histórias para contar. Meus 17/18 anos foram verdadeiramente graciosos! Desses que a gente lembra detalhes e gostaria de voltar só um pouquinho para matar a saudade.

A medicina explica que... normalmente, o cérebro dá um jeito de esquecer as coisas desagradáveis. Às vezes, acho que das mais angustiantes, a decepção é quase mortal. Cartas na mesa... lágrimas, "adulta estúpida!", "adulta fraca!", "adulta burra!" e a descoberta de um mundo sem super-heróis... Sem justiça... A descoberta de um mundo real, com monstros reais.



Sabe do que mais? ESTÁ TUDO BEM. Era o que desejava dizer. E que, de alguma forma, disse.

Que sorte a minha!

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