Saturday, May 11

Celeste e o trem descarrilado

Acordei às 7h e pouca da manhã. Aproveitei para colocar algumas coisas em prática... Em algum momento, abri a janela, e notei que o tempo fechou. Não prestei atenção se choveu, quando senti aquele desejo estranho, enterrado, de procurar uma determinada imagem: um trem descarrilado.


Encontrei vários. Poucos segundos depois, estava definida como uma vida de trilhos enferrujados e trechos partidos não viajados. Neste momento, homens trabalhavam no vagão condutor... enquanto, silenciosa, colhia tufos de pequenas flores que teimavam surgir pelo caminho macabro e inutilizado que sucedeu.



O vestido que usava e aquelas botinas desconfortáveis não pareciam coisa minha. Notei um monocromatismo, exceto pelos homens de colete e capacete em vermelho que demoraram (tanto!) para chegar e colocar aquele maquinário de volta no eixo. Gritavam animados e trabalhavam em equipe numa friagem peculiar e incomum.

Lembrei de ter deixado o trem no piloto automático para impedir que os últimos vagões se desprendessem e ficassem pelo caminho de sua própria trilha. Me interpus entre eles, servindo de ferrolho, levando sol e chuva... Até, cansada, ceder espaço e posteriormente, notar a entrada de alguma coisa nova à frente.

Um passageiro?
Uma estação?
Um vagão?
Um túnel de cores?

Tem alguma coisa errada acontecendo? Ou alguma coisa muito certa prestes a sucedê-la?

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Eu nem sabia mais como fazia destas coisas. Tô meio desapegada de umas... "constantes". Este post está pronto desde ontem. E por falta de motivo não joguei no blog antes.

Talvez seja o momento exato, nem sei direito. O fato é que... eu descobri uma coisa e tô pipocando de felicidade. Tinha deixado até um depoimento no Facebook mas apaguei por que não fez muito sentido... Na realidade, eu queria dividir com uma pessoa que não estou podendo. Acho que era só isso.

(Um prato cheio para quem gosta de Celeste!)

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