Monday, September 7

Antes


Quando paro e penso no passado, acho que cresci rápido demais. Ou, na pior das hipóteses, não cresci, o tempo é que se esvaiu depressa.

Parece que não brinquei de bonecas o tempo suficiente. Nem joguei queimado ou andei de bicicleta com a frequência que merecia.

Dizem que as horas, os dias e os anos podem ser amigos e inimigos, dependendo unicamente da situação em que nos encontramos.

Pouquíssimas vezes consigo enchergá-lo como mocinho. Na hora da saudade, especialmente, ele é muito gostoso e minha mente se perde no que foi bom.

E vilão, ah, maldito, sempre o é. Quando preciso encarar 24 anos de idade, as responsabilidades que a fase me traz, os planos desencaminhados...

Eu não acho justo ver a vida que não vivi sendo jogada para trás, sem recuperação. Porque não posso arquivar o tempo perdido para utilizá-lo mais tarde?

Nunca fui rebelde, abracei inúmeras causas infundadas, chorei pela pouca experiência diversas vezes, acreditei no "para sempre" debilmente...

Beijei quem não deveria, entreguei meu amor completo para uma ilusão, me transformei numa profissional frustrada.

Fui desviada várias vezes do trilho de meu trem. Meu sonho maior requer o que menos tenho, a paciência, e todo o resto se mantém estático.

De propósito porque não controlo. E descarrego adrenalina dentro do tédio e essa mesma calmaria não me deixa gritar ou dançar.

Quando foi que a música parou?

(E depois? Que depois? É agora! E não tenho tempo para essa baboseira de quem fala demais e faz de menos. ESTOU VIVENDO, DEIXA RECADO - respondo quando puder!)

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