Tuesday, December 20

O que está igual, está diferente!


(Tentei escrever este post quatro vezes, então, já meio impaciente, não vou pensar demais no que digo. Perdão se parecer que não foi a mesma autora quem soltou as palavras que virão.)

Eu li alguns comentários revoltados com o ano que está acabando. Tem gente rezando por 2012, dizendo que não aguenta mais o que viveu de ruim, "adeus ano velho!". Entendo: não é que as lembranças sejam formatadas no reveillon, mas a esperança do novo ano é inerente. Nada contra, gosto muito.

Bom, o que estava querendo dizer nos quatro pensamentos deletados era: eu me lasquei. No primeiro semestre, fui obrigada a lutar contra um desejo que morrera racionalmente, e tinha uma força imortal, imoral!, (sentimentalmente falando). Tapei o sol com a peneira, mas só descobriria depois.

Quando julho chegou, tudo melhorou. "Melhorou"? Melhorou, mas as decepções não foram poucas. Se no primeiro semestre não enxergava opotunidades, no segundo, o que chegou com uma mão, foi arrancado com outra. Minha esperança era resgatar a fé, o sentimento positivo, a energia boa.

Agora vem o parágrafo do toque divino. Numerológico! Espiritual. Dê qualquer nome! Eu não sei dizer o que foi que aconteceu, nem quando, mas está tudo diferente. Tudo mudou, sem nada mudar! Para explicar melhor este parágrafo, vou usar trechos do meu diário de papel, que escrevo à mão.

"Tenho, agora, um senso tão bem dimensionado sobre as coisas ao meu redor, da minha vida como ela é (...) que só posso concluir que 2011 foi incrível! (...) Ele não foi excepcional e foi tão grandioso! (...) Um ano de mudanças silenciosas. A transformação é caótica, mas vale a pena.

Inteligência? Sinto como se estivesse recuperando o que não sei que perdi. O mais engraçado é saber que, noutros tempos, estaria extasiada, mas já não me importa muito. Não tenho mais aquela estranha necessidade por responder minhas filosofias, apesar de tê-las.

Agora, quero ter minhas dúvidas e viver com todas. Não quero por um fim a quem sou, tampouco, destrinchar-me em palavras. Aprendi a me ser, me sendo. Me aceito. Envelheci? Não acho. Amadureci? Um pouco mais. Então, que bom que "me lasquei"! Todo mal foi bem filtrado.

Em 2012, quero mais dessa paz. Sossego possível (e barato!). Acho que é presente pelo comportamento (quase) exemplar! Não comprei! Então, chego a esta conclusão com um sorriso no rosto: se tenho, devo merecer! Minha oração? 'Em 2012 eu quero... estar em 2012.'"

Feliz Natal, Feliz 2012, pessoal!

Sunday, December 4

Celeste e seu não-querer


Ela tinha se acostumado a não fazer, em absoluto, o que não tinha vontade. As vírgulas, neste caso, eram muito poucas... Trabalho, família... Vocês devem imaginar.

Entretanto, certa manhã, agarrada a uma caneca de achocolatado gelado e seu enorme saco de rosquinhas, fuçando seu Facebook porque não planejava sair de casa, desejou sem querer.

Na hora, inúmeros taxadores apareceram justificando "porque não fazer", e por algum motivo, ela não queria fazer também! Mas no seu interior, uma voz pedia, desesperadamente, que fizesse!

Por alguns milésimos de segundo, a confusão era um redemoinho caótico em crescimento no seu inconsciente. Depois, ficou tão grande que a razão mandou um aviso... e ela começou a pensar.

Debulhar-se, levando o signo analítico em questão, era tão gostoso quanto comer um jambo doce na infância (em suma: ela adorava), então, começou a buscar, não uma explicação, mas uma nova hipótese de sê-la.

Complicado? Ela não achava que estava com tempo extra para filosofar a respeito da lógica disto, então, passou os minutos seguintes questionando e realizando pontes justificáveis entre seu passado e seu futuro, com prazer.

Os tópicos surgiram como se fossem perguntas. E ela respondia, como aluna aplicada. Gostou daquilo, continuou feroz. No meio do processo, resolveu anotar para não esquecer e, acabou se lembrando de mais uma descoberta recente: mude o padrão.

De repente, a conexão ficou perfeita! Imaginou o cérebro num estado alfa, omega, beta (...), onde todos os hyperlinks, por alguns minutos, conseguissem estabelecer conexão perfeita, como se a natureza fosse capaz de enviar um aviso de que o caminho estava certo!

A mensagem tinha alcançado plenitude. "Mude o padrão!" Mu-de o pa-drão! Mudar o padrão, mudar - o - padrão, mu-dar - o - pa-drão! Fazer o que não tem vontade, dar a chance, abrir uma janela para outro lado, pensar diferente, sorrir à possibilidade de não ser o que foi esperado.

... Nunca é tão fácil quanto se imagina, - ela pensou enquanto terminava de fazer mais uma anotação no seu caderninho/guia de sobrevivência, que ela apelidara de "manual particular de vida") - mas, se, estranhamente, tenho este sorriso no rosto, acredito, sem qualquer dúvida, que acertei em cheio.

Saturday, December 3

Não tem essa de "mas,"!


Tenho miopia! Óculos são parte de mim, preciso deles para enxergar bem, ver o mundo definido. Meu cabelo é naturalmente cacheado e, apesar de ter usado madeixas lisas, sinto falta dos cachinhos e estou deixando crescer. Cabelo no rosto me deixa agoniada e prendo quando o vento passa do limite. Uso jeans porque acho bonito. É melhor de combinar cores e acessórios... mas não dispenso um vestido leve (de vez em quando). Tenho 27 anos, mas ainda encontro quem me dê 19. Já gostei disso, hoje, não quero mais o perfil e rostinho adolescente: sou mulher (apesar de manter alguns vícios nerds, ser caseira, gostar de comédia romântica e literatura fantástica).

Na realidade, eu tinha outro montão de coisas para trepudiar, mas eu tive uma daquelas minhas crises de amnésia momentânea e esqueci o que planejava com o texto... Então, e eu nem sei direito o que eu quero dizer agora, mas, eu tô meio revoltada com algumas coisas. Tô afim de mandar situações e pessoas à merda! Eu me esforço, engulo, respiro fundo... Mantenho a visão fixa, me concentro, foco foco foco, e naaada! E quando o retorno da ligação tarda, faaalhaaa! E se não tarda, já falhou! Sempre falhaaa! Eu tô me cansaaando dessa palhaçada! Tem alguém dando risada e pregando peça, não é possíííveeel, minhaaa gente! Se pudesse explodir minha vida em pipoquinhas, já tinha feito há muito tempo!

Saaaaacooooo!