(Tentei escrever este post quatro vezes, então, já meio impaciente, não vou pensar demais no que digo. Perdão se parecer que não foi a mesma autora quem soltou as palavras que virão.)
Eu li alguns comentários revoltados com o ano que está acabando. Tem gente rezando por 2012, dizendo que não aguenta mais o que viveu de ruim, "adeus ano velho!". Entendo: não é que as lembranças sejam formatadas no reveillon, mas a esperança do novo ano é inerente. Nada contra, gosto muito.
Bom, o que estava querendo dizer nos quatro pensamentos deletados era: eu me lasquei. No primeiro semestre, fui obrigada a lutar contra um desejo que morrera racionalmente, e tinha uma força imortal, imoral!, (sentimentalmente falando). Tapei o sol com a peneira, mas só descobriria depois.
Quando julho chegou, tudo melhorou. "Melhorou"? Melhorou, mas as decepções não foram poucas. Se no primeiro semestre não enxergava opotunidades, no segundo, o que chegou com uma mão, foi arrancado com outra. Minha esperança era resgatar a fé, o sentimento positivo, a energia boa.
Agora vem o parágrafo do toque divino. Numerológico! Espiritual. Dê qualquer nome! Eu não sei dizer o que foi que aconteceu, nem quando, mas está tudo diferente. Tudo mudou, sem nada mudar! Para explicar melhor este parágrafo, vou usar trechos do meu diário de papel, que escrevo à mão.
"Tenho, agora, um senso tão bem dimensionado sobre as coisas ao meu redor, da minha vida como ela é (...) que só posso concluir que 2011 foi incrível! (...) Ele não foi excepcional e foi tão grandioso! (...) Um ano de mudanças silenciosas. A transformação é caótica, mas vale a pena.
Inteligência? Sinto como se estivesse recuperando o que não sei que perdi. O mais engraçado é saber que, noutros tempos, estaria extasiada, mas já não me importa muito. Não tenho mais aquela estranha necessidade por responder minhas filosofias, apesar de tê-las.
Agora, quero ter minhas dúvidas e viver com todas. Não quero por um fim a quem sou, tampouco, destrinchar-me em palavras. Aprendi a me ser, me sendo. Me aceito. Envelheci? Não acho. Amadureci? Um pouco mais. Então, que bom que "me lasquei"! Todo mal foi bem filtrado.
Em 2012, quero mais dessa paz. Sossego possível (e barato!). Acho que é presente pelo comportamento (quase) exemplar! Não comprei! Então, chego a esta conclusão com um sorriso no rosto: se tenho, devo merecer! Minha oração? 'Em 2012 eu quero... estar em 2012.'"
Feliz Natal, Feliz 2012, pessoal!