Thursday, September 29

Celeste e o milk-shake na piscina


Naquele dia, Celeste decidiu fazer algo diferente. Ficou na piscina tomando bons milk-shake, ainda que a água estivesse geladíssima. Mergulhou atordoada e ficou pensando... se as pessoas achavam que ela realmente tinha uma vida angustiada por causa dos textos que escrevia.

Na realidade, era a maior prova de que várias pessoas julgavam precocemente, porque, quando ela escrevia, alcançava o topo da satisfação pessoal. Ter um post digno, informativo ou solitário, assumia o lugar de qualquer monte de palavras que interessavam a ninguém.

E ainda insistiam nessa história de que ela estava na pior. É triste imaginar que, na cabecinha de alguns, se você escreve sobre alegrias, você é feliz, se não, é triste. Bom: se falar sobre assuntos que mantinham seu orgulho intacto era motivo para estar na pior, "pohãn", quando é que diabos ela estaria bem, né?




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;D

Hoje tem estreia? Temmm! "Private Practice" chegando na área! *-*

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Monday, September 26

Celeste e as pessoas


Celeste era do tipo que gostava de ser livre para manter sua paz interior. Portanto, e muitas vezes, costumava evitar pessoas... que geralmente desequilibravam suas energias, sua concentração.

Naquele dia, largou do trabalho um pouco mais cedo. Era outono. E no outono fazia todo sentido pegar ônibus e descer longe de casa porque passava na rua do parque e pisava nas folhagens alaranjadas que transformavam a rua num belíssimo tapete natural.

Às vezes, passava inspirando fundo, sentindo o cheiro de natureza molhada. O cheiro do inverno. Outras vezes, lembrava da viagem que tinha feito, anos atrás, e de como se sentiu quando viu tudo aquilo. Pensava na vida... e se algum dia, estaria segurando a mão do próprio filho, passeando pelas redondezas. Nada movia sua concentração, era sempre o de sempre, por uma estação inteira.

Chegou em casa e tirou a roupa. Era a noite dos seriados... Mas alguém telefonou.
- Cel?
- Ahm... - seu cérebro tentou associar, rapidamente, a voz masculina aquele apelido, mas sua memória não era tão boa quanto seus sentimentos, então, tudo que ela percebeu, foi que estava nervosa. - Sim?
- Estou aqui perto. Posso passar na sua casa?

O alarme de visita soou e ela começou a organizar as coisas dentro de casa. Na realidade, tudo sempre estava em seu lugar, o que ela fazia quando alguém resolvia passar lá, era tirar um papel jogado no centro... ou, talvez, a bolsa do trabalho no balcão da cozinha. Em seguida, correu para trocar de roupas (vinha assistindo alguns programas de moda e, encontrar com alguém, era sempre a chance de colocar em prática o que estava aprendendo). Tinha dó quando tirava o pijama, mas depois que se olhava no espelho, gostava e resolvia aproveitar alguns shorts e vestidos.

Quando a campanhia tocou, ela estava lavando o único copo sujo da pia. Com as mãos enxutas, atendeu a porta e recebeu o amigo com um abraço. Ela tinha o costume de agir naturalmente porque sabia que as visitas se sentiam mais tranquilas assim. Oferecia água, suco (e pedia desculpas porque não bebia, então, nunca tinha álcool na geladeira). Na sala, sentava no chão ou se espalhava na poltrona para deixar os amigos ainda mais a vontade. Desligava a televisão para conversar e deixava um som ambiente rolando baixinho. Celeste já estava acostumada a ter poucas pessoas na vida, mas era feliz porque sabia que as tais eram exatamente as que podia contar, para sempre. E lá estava uma delas.




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 :P

 Estreia dos seriados foi ótima! "Grey's Anatomy" matou uma angústia, "The Big Bang Theory" eliminou uma possibilidade, "Dexter" atiçou bastante, "Glee" trouxe mudanças e "Fringe" me deixou cheeeia de expectativas! O que esperar de "Private Practice"? *-*

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Thursday, September 22

Celeste em descompasso mental


Ela não gostava de usar palavras como "trabalho" e "universidade". Geralmente substituia por "escola" e "empresa", mas não dizia às pessoas porque não entendia muito bem. Na pior das hipóteses, tinha a síndrome de Peter Pan.

Na quarta-feira, em especial, espantou a preguiça pulando no chuveiro. Deixou a rotina ditar as regras... Batatas no almoço, transporte coletivo às 13h15... Conversou, leu jornais, escreveu, telefonemas... Tudo igual.

Em casa, alimentou a gata, tomou outro banho e escolheu um pijama limpo... Na realidade, não era um pijama. Era uma calça xadrez flanelada, com vários tons de azul. Combinava com a camiseta branca que ela usou para dormir quando viajou pela Europa.

Ainda no quarto, estourou uma espinha com a ponta dos dedos na frente do espelho. Depois, ficou observando seu reflexo. Da sala, ouvia a trilha sonora de "Tomates Verdes Fritos", o que, estranhamente, encaixou no contexto da situação.

Hummm. Preciso depilar o buço, as axilas e minhas pernas. Fazer as unhas dos pés e das mãos - pensou. Mas antes de falar nas sobrancelhas, encarou um par de olhos sem brilho. O mundo girou, o tempo voltou, pessoas se foram, outras voltaram.

Não quero! - respondeu à seu inconsciente que, loucamente, tentou acessar algumas lembranças. Saiu do quarto chateada. Não gostava de revirar situações. Tinha pena de si, às vezes, e não gostava disso. Desligou o som e apertou no controle da TV para ver o noticiário.

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Trilha sonora do filme em questão! É MUITO BOA!

"A pazzz... invadiu o meu coraçããão..."

50312 (Cheirooo!)


Monday, September 19

Celeste e o dia frio


Ela chegou do trabalho cansada. Tomou um banho porque não gostava de andar pela casa com o que ela costumava chamar de “pele de rua”. Tinha dinheiro e condições de ter um carro, mas andava de ônibus e metrô... e sabia que o transporte público era nojento.

Naquele dia, vestiu a blusa de cinema desbotada e o moletom cinza que usou a semana inteira. Colocou um prato congelado no micro-ondas, pegou um saco de Doritos e se jogou no sofá de dois lugares milimetricamente ajustado no flat, de frente para a televisão.

Lembrou que tinha quatro comédias românticas inéditas no pen-drive e acessou o conteúdo sem se preocupar com o noticiário. Apertou a seta para baixo do controle e fechou os olhos. “O que ver, hoje?”, foi o que pensou antes de soltar o botão e abrir os olhos.

O filme escolhido foi “Larry Crowne”, com Tom Hanks e Julia Roberts. – Ah, a enfezadinha! – Certa vez, leu numa revista que ela era uma atriz mal humorada e jamais esqueceu. Mas o micro-ondas apitou, então, ela fechou o saco de salgadinhos e deu pause.

Enquanto jogava no prato uma gororoba que a embalagem vendia jurando que se tratava de um congelado saudável, sua cabeça voou para uma realidade paralela e o resto de suas ações, comprometidas pelo seguinte pensamento, funcionaram lentamente.

No sofá havia um rapaz. E ela estava levando comida para dois. Ela nem bebia, mas tinha uma garrafa de vinho e duas taças no centro. Ele gostava de seriados mais do que as comédias românticas, mas não se importava de assistir na companhia dela.

Por incrível que possa parecer, ela usava as mesmas roupas, mas o cabelo estava preso e sua nuca exibia um traço erótico de sua pele cheirosa e sensível. Era proposital. Praticamente carregava uma faixa explícita que dizia “beije aqui!”.

Sentou ouvindo ele esfregar as mãos e dizer “hummm!”. Ela senta mostrando um sorriso de quem achou aquilo engraçado e coloca a primeira garfada direto na boca do homem mais cheiroso e paciente do mundo – e que era dela (ela tinha que ressaltar orgulhosa).

- Sei fazer ovos fritos. Com cebola e tomate picados. Maionese ou qualquer outro molho pode ajudar no sabor – ela solta desenfreada. – E posso dar um jeito no hambúrguer tradicional, se triturá-lo e acrescentar um tempero de mais cebola ralada e mais tomate.

- Você está aceitando o meu pedido de casamento?

- Não sei – disse interrompendo o rapaz para não perder a linha de raciocínio. – Eu... Nós vamos precisar de alguém para apanhar o cabelo do ralo do chuveiro porque eu tenho muito nojo. Muito nojo de verdade. E você precisa jurar que sempre estará por perto se aparecer algum inseto.

- Ha! Eu posso fazer isso, meu amor, sou seu super-herói!

- Sushi uma vez por mês, no mínimo. E... 

O filme passou do limite no pause e soltou a música de abertura. Ela pinoteou no chão de cerâmica da cozinha e percebeu que a comida já estava no prato. Suspirou balançado a cabeça enquanto dizia “babaca!” com si mesma e voltava para o sofá com o jantar nas mãos.



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Sem música, hoje.

Só Deus sabe como eu fico FELIZ de escrever um texto de primeira, que me agrade e que eu não precise editar uma só vírgula! Esse post vai para todos que já elogiaram alguma coisa que eu escrevi! São meus anjos, que me fortalecem e me dão asas! :D

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Sunday, September 18

Celeste, com o perdão das palavras


Estava meio revoltada, ultimamente. E não era com outra pessoa, era com si mesma, com seu passado, algumas atitudes que, por mais que tentasse mudar, se mantinham infantis.

Puta que pariu, era muito injusto! E o pior de tudo é que ela sabia que era uma espécie de karma que ela teria de carregar um tempo. Não saber o quanto disso era muita crueldade.

Às vezes queria brigar com o destino, que mandava ótimas oportunidades em fases da vida que ela ainda não entendia. O medo de falhar era zero, tinha escudo no peito, era invencível.

Mas a coisa toda acabava tomando forma. E isso era uma chatice. Porque as inseguranças e aquele incrível desejo de pular etapas e tempo voltava com força... e ela se perdia.

Estava aprendendo a lidar com pessoas... Mas coisas dentro de si mesma acabavam contornando situações que resultavam perfeitamente... Até a certeza se quebrar, frágil como vidro fino.

Tinha um dom ridículo de correr bem, e até rápido, de maneira surpreendente... Mas quando a linha de chegada alcançava seus olhos, as pernas cambaleavam e ela levava dos maiores estouros!

No fim das contas, acho que acabou descobrindo mais uma coisa que precisaria aprender a conviver. E não era com relação às reações diante das pessoas, mas com as reações de si mesma.

Ela superou muitos "dramas" interpessoais (só pela falta de palavra melhor, ela nem enxerga dessa forma, na realidade) e descobria, agora, que a próxima fase era lutar contra si mesma.

E não era uma briga muito fácil... Era uma questão de controlar o que, até pouco tempo, considerava crucial para escrever: dizer tudo que passava no corredor do pensamento.

Celeste sempre imaginou um mundo menos injusto. Graças a creças como esta, lutou para agir da maneira mais certa. Agora, entretanto, enxergava a relatividade da situação.

E começou a acreditar que "às vezes, é certo fazer a coisa errada". Acreditava no potencial de uma terceira coisa, mas era pano demais para continuar escrevendo neste post.



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Músicas para meditar.

 O dia hoje foi meio pesado, ocupei e usei a cabeça demais. XD

50160 :O

Wednesday, September 7

Chegando no "papel"


Confesso que estou cansada. De podar palavras, e de pensar demais antes de jogá-las no papel. Eu não sei exatamente quando foi que isso começou a acontecer, mas eu preciso dizer: não gosto.

E só como exemplo, a última frase, "mas eu preciso dizer", eu precisei mudar porque quando pronunciei a anterior, "mas eu tenho que dizer", não desceu bem. E isso é uma bosta.

Depois, eu acabo agregando mais um exemplo de loucura. O que é outra merda. Porque eu estou simplesmente tentando dizer que não gosto de escrever como faço, e já tem alguns anos.

Fico me perguntando se meu cérebro trabalha diferente das outras pessoas. Não basta que eu tenha uma ideia, como a de costurar uma roupa. Preciso passar no ferro e tem que vestir muito bem.

Depois de escrever, leio. Então, leio outra vez. E antes disso, já li umas três mil vezes cada parágrafo, enquanto construia. E para quê? Eu preciso sentir que as palavras escorregam.

Além disso, tenho outro probleminha, talvez de menor impacto, mas não menos importante: os parágrafos precisam manter um equilíbrio no tamanho. Sejam eles intercalados ou não.

Então, pode acontecer de, muitas vezes, ter o desejo de falar coisas, de certa maneira, e nem sempre me permitir tal façanha. Mas eu até que gosto. São como desafios de construção.

Quem leu até aqui deve me considerar muito pirada... Bom, não dói e nem faz mal. Às vezes irrita... Imagino que, algum dia, posso me tornar especialista no desdobramento, inclusive.

(Dei de ombros.)
Quem se importa?

Tuesday, September 6

Celeste e as caraminholas



Em casa, mais tarde, percebeu que pensar voltou a ser agradável. Imaginou que tinha alguma coisa a ver com um novo combustível nas engrenhagens mentais.

Às vezes se preocupava. Será que estava errada? E os últimos acontecimentos não tão bons seriam capazes de arrastá-la para mais uma tragédia?

Mas não aconteceu. Na realidade, estava feliz de suportar as desventuras tão bem. O ser humano não deve fingir alegria, se não estiver assim. Recolhimento, meditação. Pausa antes de continuar.

Ah, era engraçado! Ela queria dizer alguma coisa, mas não conseguiu lembrar no que estava pensando, só tinha certeza que foi uma ideia isolada, quando atravessou a rua mais cedo.

Bah! Desistiu e quebrou o post bruscamente.





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Chantal Kreviazuk o dia inteiro!

Eu sei, mas deixa pra lá.

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Sunday, September 4

Mais um verão, mais um setembro!


E o lema continua o mesmo: "ser melhor do que já fui". Hoje não desejo presentes materiais, mas espirituais. Quero paciência para lidar com a vida, com os obstáculos, com as pessoas. Quero, pelo menos, uma gargalhada por dia. Ter sempre alguém para conversar, minha família nas proximidades (minhas gatas de estimação estão incluídas no pacote, é claro!). Quero manter o meu interesse pelo conhecimento e continuar crescendo profissionalmente. Quero manter minha criatividade, minha sede pela escrita, pelas palavras. Quero conquistar meus sonhos, que nem são muitos e nem passam por cima dos outros. Gostaria que algumas "situações"/"condições" melhorassem (se for, que se vá. Se planeja ficar, se esforce!). Hummm: mais amor (porque amor demais nunca faz mal). Mais Sonhos de Valsa e sushis (mas estes devem fazer parte dos pedidos materiais)... Bom, vou terminar com um trecho da oração que tem me acompanhado bastante, ultimamente: quero ter mais e mais "forças para mudar o que for possível, coragem para enfrentar o que eu não posso mudar e sabedoria para distinguir umas das outras".


Um ótimo setembro para todo mundo!