Tuesday, November 15

Celeste, me ceda um espaço!


Eu... resmungo. Tenho outros verbos, mas, hoje, especialmente, ha-ha, gostaria de publicar este comentário. Porque eu simplesmente não planejei, não pedi, não esperei. Na realidade, inclusive, escrevi dois parágrafos para Celeste, que falava sobre o destino (mas apaguei). E, bem, eu acredito muito nele.

Não é uma questão de estar lá para acontecer, mas, de, talvez, não estar aqui para ser (não importando o que seja), ou mudar-se para mudar alguma coisa. Celeste ia dizer que se rebela, esperneia, pergunta o tempo inteiro, mas sabe que o destino prega das suas e não se tem controle sobre isso.

O futuro não está escrito nas estrelas. Concordo. No máximo, escrevemos nossa história nas linhas da vida. O destino, por sua vez, sedutor (ou nem tanto) cruza estas linhas. Deve caminhar em paralelo, só para não nos perder de vista. Então, e repentinamente, ele diz: "está na hora!" e atravessa nossa história.

Não tenho respostas. Usei uma metáfora boba para explicar minha ausência acometida pelo destino porque não tem como não enxergar uma "assinatura" dele. E pode ser visto como uma besteira qualquer, até, sabe? Por isso que eu nem vou falar no motivo... E não acho que devo.

O fato é que é muito importante. Aqui dentro. Na realidade, acho até que estou consertando alguns pensamentos que, provavelmente, meu destino, em paralelo com a minha vida, cansou de ouvir e resolveu mostrar que estou errada. É burrice achar que as transformações só acontecem de fora para dentro.

Até logo!

Friday, November 11

Celeste adolescente


O que alcançou a sua mente foi a esquina da rua onde morou... O dia estava ensolarado, para não dizer que fazia um calor infernal... Usava um relógio azul (ou seria preto? Não tinha certeza)... Passava na frente da academia que tinha uma calçada vermelha... Tinha fome?... Uma coisa era mais certa: sempre desejou encurtar o caminho do colégio até sua casa, então, provavelmente, pensava nisso... Mais alguns passos... Olhou as horas... E percebeu... uma repetição...

Monday, November 7

Celeste e novas paisagens


Lembrou-se da última vez em que resolveu arrumar as malas e pegar um avião... Sensação gostosa... Um pouco assustadora, cheia de expectativas...

Então veio a metáfora. É, lá estava a mesa de madeira, um par de mãos que não sabia de quem era... E pedras. Cartas? Bom, eram pedras, mas podia ser qualquer coisa.

Provavelmente, estariam organizadas. As pedras. Alinhadinhas, milimetricamente dispostas no meio da mesa. Então, as viagens faziam disso: bagunça.

Ela imaginava o par de mãos desconhecida juntando todas as pedrinhas. Então, sacolejavam tudo, bagunçando o suficiente, e arremessavam tudo na mesa outra vez.

Ah, ela queria! Desejou até que algumas pedras caíssem no chão, partissem no meio, desaparecessem. E que outras, de cores distintas, surgissem.

Bagunce! A vírgula é pequena, jogue o resto para o alto, deixe alguma coisa nova entrar, derrube o que é velho e ultrapassado! - torceu forte deixando o destino pregar uma peça.

Saturday, November 5

Celeste e a página 78 de seu diário


Não entendo. Na realidade, a frase é ótima. Eu fiquei pensando aqui se não faria parte de um balaio clichê das expressões encontradas nos diários das mulheres-meninas... Bom, eu estou com um pouco de pressa para expressar a lógica da frase inicial, então, vou pular este invólucro.

Eu... quero. Ele. Sim. Então, não quero mais. Mas não é como se não desejasse qualquer coisa. No querer, desejo várias, e quando não quero, nos setores do querer, o querer permanece. É só que... complicado e simples, eu não quero o que não gosto. Então, parece que abro mão! Mas desisto querendo!

Então, tenho medo. De querer... então... de não querer, querendo, e, desistir. Se é que "desistir" é a palavra certa. Talvez, e juro que estou me esforçando para explicar do jeito certo, eu temo utilizar do que é "justo" mais uma vez, e então, puft!, ver a mesma história dramática se repetindo.

Mas esta moeda também tem duas faces. E posso dizer que não sou quem já fui. E tenho orgulho de pormenorizar que pulei umas versões, da 1.0 direto para a 5.0... De maneira que, já nem sei em que versão me encontro. Melhorada, com toda certeza. Talvez, até, prestes a ser um novo produto.

Bom, e deixando a metáfora (concordo que não foi muito boa), eis que eu estou assistindo um filme. Vivendo e assistindo minha vida. Realizo hyperlinks, mas não sei como agir. Na realidade, sempre que tento, alguma porcaria acontece. Então, "observo e absorvo", como dito outras vezes.

Sofro, ganho esperança, sofro de novo, ganho esperança... Acho que é por isso que não gosto de pessoas indecisas e geralmente perco minha paciência. Elas costumam fazer da minha vida, de meus sentimentos, uma montanha russa que eu, sinceramente, acho que não mereço. Porque eu não faço isso com outros.

Prefiro, inclusive, tomar uma decisão preciptada, deixar os envolvidos liberto das minhas indagações, até que todas elas estejam sanadas para não ferir ninguém. Geralmente, acaba ferindo, porque são poucos os que entendem isso. Na realidade, acho até que ninguém... Já sei: vou ter que aguardar mais capítulos.

Friday, November 4

Quatrodenovembro


PORTUGUÊS

FAZ UM ANO que eu realizei um dos maiores sonhos da minha vida. Às vezes, fico me perguntando se... "estava escrito". É complicado discutir sobre isto com ele porque não é do tipo que acredita nessas coisas. Ele é meu oposto. Somos como Yin e Yang, partidos no meio e separados pelo oceano. Nossa amizade começou no dia 6 de dezembro de 2002. Ele diz que foi no dia 2, quando mandou a primeira mensagem no meu ICQ. Eu só respondi no dia 6, já que, até então, minha internet discada só me permitia conexão nos finais de semana e depois da meia-noite. Tínhamos 18 e 19 anos de idade. Minha foto do perfil era horrível. E eu estava usando um óculos escuro que nem era meu. Ele tinha uma barbicha engraçada que chamou minha atenção. Mais tarde, inclusive, ele removeu, e eu pus um apelido que uso até hoje, esteja ele com barba ou não. Criamos um verbo no inglês, "to kiyh", porque costumávamos dizer que nossa ligação, nosso relacionamento, nossa "estranha" (talvez bizarra) afinidade era tão incomum quanto o que sempre sentimos um pelo outro. Distantes ou não, uma coisa é impossível: esquecê-lo. Sei que também estou por lá, de alguma forma, como um pedaço inevitável de nós mesmos que foi substituído. Maior do que a pulseira azul e amarela (nossas cores preferidas) que ele amarrou no meu braço quando nos conhecemos pessoalmente (ou como aquela que deixei amarradinha no pulso dele). Aprendi que a distância mata muitas coisas aos poucos. Quando não o faz, adoece. Muita gente acaba se curando, esquece, deixa passar... Mas eu não consegui. Nem ele. Cheguei a conclusão de que... já não respeitamos apenas um ao outro, mas a nossa condição de ter, não duas vidas que se tornaram uma, mas uma vida que é duas. Imagino que Meu Inverso não acredita em almas gêmeas, como não acredito numa vida sem planos. Mas ele faz isso por mim e me prova diariamente que tudo é possível e mais simples do que imagino... E eu... de contrapartida, acredito que somos almas gêmeas por nós dois.

Nos conhecemos pessoalmente no dia 4 de novembro de 2010 e, em dezembro, faremos 9 anos de amizade... Já não tão, e unicamente "virtual", como de costume.

KIYH, NB!


ENGLISH

ONE YEAR AGO I made one of the biggest dreams of my life come true. Sometimes, I wonder if... that "was written". It's hard to discuss this with him, because he isn’t the type of guy who believes in things like that. He is my opposite. We are like Yin and Yang, broken in the middle and separated by the ocean. Our friendship began on December 6, 2002. He says that it was in day 2, when he sent the first message to my ICQ. I just answered in day 6, because, until then, my dial-up Internet connection only allowed me to be online on weekends and after midnight. We had 18 and 19 years old. My profile picture was horrible. And I was wearing a sunglasses that wasn’t even mine. He had a funny goatee that impressed me a bit. Lately, he removed it, and I put a nickname that I am still using today, with or without a beard. We created a verb in English, "to kiyh", because we used to say that our connection, our relationship, our "strange" (perhaps bizarre) affinity was so unusual as what we always felt for each other. Far or close, one thing is impossible: to forget him. I know I'm there too, somehow, as an inevitable piece of ourselves that was replaced. Bigger than the blue and yellow bracelet (our favorite color) that he tied around my arm when we met for real (or as the one that I left in his one). I learned that the distance kills many things slowly. When it doesn’t, make yourself sick. Many people get healthy, forget it, let it go... But I couldn’t. He neither. I concluded that... we don’t just respect each other, but also, our condition of having not only two lives like one, but one life which is two. I guess he doesn’t believe in soulmates, as I do not believe in a life without plans. But he does and proves daily that everything is possible and easier than I imagine... So I... counterpart, I think we're soulmates for both of us.

We met for real on November 4, 2010, and December, we will be 9 years of friendship... Not, and only, "virtual" as usual.

KIYH, NB!



Tuesday, November 1

Celeste e as necessidades


A verdade é que ela cresceu vendo que dessa vida não se leva muito... nem temos tantas necessidades como pensamos. Na maioria das vezes, criamo-las por caprichos.

Era caseira. E apesar de ver a si mesma com certo sarcasmo, não queria uma vida muito diferente. Era exigente, então, gostaria que algumas coisas fossem melhoradas, mas não sentia falta de nada.

Tá, tudo bem, às vezes!, porém, no geral, era abençoada: emprego, flat, dinheiro, gata de estimação, neve de vez em quando, internet, comédias românticas, pijamas e cama confortáveis, limpeza, amor, família...

O amor, por exemplo, talvez, pudesse trazer alguém compatível para embalar à noite... Ela não precisaria passar boa parte do tempo no travesseiro se culpando pelo processo infeliz dos anteriores.

A família bem que podia tomar uma atitude e se mudar para mais perto! Tinha saudade constante da amizade da mãe... e, às vezes, chorava um pouco solitária agarrada à gata peluda.

Bom, uma coisa era certa: ela não queria a vida de outrem. Gostava de sujar a blusa de molho shoyo de vez em quando. E a calça flanelada xadrez realmente precisava de um bom apreciador.

Ela estava disposta a mudar, ela queria mudanças, ela gostava de mudanças (se possível, muitas vezes!), mas ela tinha necessidades de grau indispensáveis e ela não abriria mão delas.



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 Adele - QUALQUER MÚSICA! *-*

 Novembro, novembro. Ah, novembro.

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