Assisti a um filme ótimo! O engraçado é que todas as pessoas
que eu resolvi comentar sobre a tal história, já tinham visto antes (também
pudera: é de 2008).
Então, vem o seguinte: eu nem tinha ouvido falar a respeito!
Nunca! Se já, não me recordo. E como eu tenho um lado
"místico" apurado, acredito que as coisas acontecem quando devem.
Não quero alcançar o mérito religioso, nem sobrenatural, então,
vamos pular direto para o meu comentário a respeito do filme "Sim,
Senhor!" (Yes Man, Peyton
Reed, 2008, EUA) com Jim Carrey.
Lá está Carl Allen, um rapaz de meia-idade, vivendo no
piloto automático, no tédio. Um colega resolve chamá-lo para uma palestra...
Que muda sua vida! Seu maior objetivo? Dizer "sim!" às oportunidades.
Vamos tentar em 2012?
[Esse post foi escrito no dia 29/12. Por algum motivo, não
terminei, nem postei. Mas gostaria de continuar... porque... Bom, eu não vou
fazer o link entre os dois assuntos, quero deixar a calhar, mas o que é óbvio
está no que vem à seguir.]
Ontem, discuti a respeito de sexo e maturidade.
Alguém acabou dizendo que sexo era sinônimo de maturidade. A verdade é que não. Sexo feito por alguém de 15 anos, não é maduro. Mas é sexo! Ou deixa de ser? E se não for, o que é?
Agora, o que vem a seguir faz um pouco mais de sentido: sexo é bom. Com amor, sem amor, no tesão, na curiosidade...
no carnaval. E, certamente, deveria ser feito por quem têm maturidade.
Mas tá aí... e você sabe o que é maturidade?
Acabei enroscada na virgindade... E encontrei um texto
fannntástico da Martha Medeiros (texto 1 - final do post) que deve, em absoluto, ser levado em
consideração para compreensão do que estou querendo discutir e do que realmente quero destacar.
Sexo não tem, de todo, a ver com maturidade. Nem o inverso. Sexo é sexo ("com amor, sem amor, no tesão, na curiosidade...")
e quem acha que sexo é maturidade, de verdade, é mais imaturo do que pensa. "Oh, eu transo!" ("Ui, ele/ela transa!")
Tem gente que acredita em pesquisa medíocre, ri dos
"lentos", dos virgens (virgens?). Copia trechos de escritores como Tati Bernardi e do Caio Fernando Abreu. Falando nela (que gosto muito, por sinal), já leram o
trecho em que ela diz que acredita no sexo "com o amigo sem pau"
(texto 2)? Eu tô com ela e nem vivo citando os outros por aí.
Para quem não se entrega "fácil", deixa eu dizer uma
coisa: maturidade também é sinônimo de paciência, de tomar a melhor decisão. Sexo "verde" é feito quando perder a virgindade,
romper o hímen e ser mulher é modinha. É sexo imaturo. O sexo que dá ilusão de
casamento, como se convívio fosse uma noite com alguém no final de semana.
A minha opinião formada a este respeito é de que sexo é bom
(é bom mesmo!) e abstinência não é abstinência até experimentar do
"negócio"! Depois, é outra história! Eu olho para o mundo e acho que tudo tem se mostrado tão
diversificado e semelhante que não consigo compreender porque tantas
pessoas levam a transa como status.
Encontrei alguns textos que ficam justificando porque transar no primeiro encontro não é feio... Ou que... não quer dizer que a mulher seja puta... Ou que... "essas mulheres são para casar"... O que eu acho é que os próprios "transões" do primeiro encontro buscam uma desculpa para aceitar a si mesmos. Se você faz, assuma! Divirta-se! Por que se preocupar?
Aqueles que se gabam de sexo, cresçam! Sexo é sexo!
"Com amor, sem amor, no tesão, na curiosidade..." É SÓ SEXO!
Comunicação, convívio, confiança, lealdade, relacionamento, maturidade (...), é
outra coisa!
Mensagem passada! Construam a ponte como acham que devem! Meus lemas para 2012 continuam de pé!
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Texto 1
Os virgens
(...) Quando falamos em virgindade, logo pensamos em sexo, e a partir do dia que o experimentamos, o mundo parece perder seu mistério maior. Não somos mais virgens! Que grande ilusão de maturidade.
Virgindade é um conceito um tanto mais elástico. Somos virgens antes de voltar sozinhos do colégio pela primeira vez. Somos virgens antes do primeiro gole de vinho. Somos virgens antes de ver Paris, Somos virgens antes do primeiro salário. E podemos já estar transando há anos e permanecermos virgens diante de um novo amor.
Por mais que já tenhamos amado e odiado, por mais que tenhamos sido rejeitados, descartados, seduzidos, conquistados, não há experiência amorosa que se repita, pois são variadas as nossas paixões e diferentes as nossas etapas, e tudo isso nos torna novatos.
As dores, também elas, nos pegam despreparados.A dor de perder um amigo não é a mesma de perder um carro num assalto, que por sua vez não é a mesma de perder a oportunidade de se declarar para alguém, que por outro lado difere da dor de perder o emprego. Somos sempre surpreendido pelo que ainda não foi vivido.
Mesmo no sexo, somos virgens diante de um novo cheiro, de um novo beijo, de um fetiche ainda não realizado. Se ainda não usamos uma lingerie vermelha, se ainda não fizemos amor dentro do mar, se ainda cultivamos alguns tabus, que espécie de sabe-tudo somos nós?
Eu ainda sou virgem da neve, que já vi estática em cima das montanhas, mas nunca vi cair. Sou virgem do Canadá, da Turquia, da Polinésia. Sou virgem de helicóptero, Jack Daniels, revólver, análise, transa em elevador, LSD, Harley Davidson, cirurgia, rafting, show do Lenny Kravitz, siso e passeata. A virgindade existencial nos acompanha até o fim dos nossos dias, especialmente no último, pois somos todos castos frente à morte, nossa derradeira experiência inédita. Enquanto ela não chega, é bom aproveitar cada minuto dessa nossa inocência frente ao desconhecido, pois é uma aventura tão excitante quanto o sexo e não tem idade para acontecer.
Martha Medeiros
Texto 2
Algumas mulheres acreditam no sexo com o pau amigo, o homem limpinho que aparece de vez em quando só pra dar uma comidinha e tchau. Eu acredito no sexo com o amigo sem pau. O homem que aparece de vez em quando e te busca em casa, abre a porta do carro, elogia sua roupa, escolhe os melhores ingressos, faz você morrer de rir, conversa sobre tudo, dá conselhos, cuida de você, sobe com você até seu apartamento, curte um som, dorme de conchinha, te abraça forte e…vai embora. Isso sim é dar uma, ao meu ver.
Tati Bernardi