Tuesday, November 6

Diálogos



- Você tem que ter um defeito, minha gente, não é possível!
- Mas eu tenho! Vários!
- Já sei: - ignorando - tu não teria três mamilos!?
- Hãn? Eca!
- É sério! Tem gente que tem três mamilos.
- Não, Fá, só tenho dois mesmo - responde.
- Eu sei!... Tu podia ter uma espécie de carne crescida na orelha! Vê que trash!
- Hein?????
- É! Pendurada como um brinco.
- Ok, não mesmo.
- Ahhh - insatisfeita. - Que chato!

Silêncio.

- Ah, fala sério! - insisto. - Nem uma feridinha incurável no bumbum?
- Aaahhhmmm, não - diz. - Ainda bem que não - ressalta.

Silêncio.

- E se eu falasse "bicicreta"?
- Hãn?
- Tu estaria aqui?
Ele ri.
- E seee... minha pele fosse uma lixa?
Ele ri.
- E seee... eu tivesse catinguinha?
- O quê?
- Catinguinha! Se eu fosse fedorenta?
Ele ri de novo.
- E se... eu não tivesse o lábio superior da boca? - Faço a pergunta escondendo o lábio.
Ele continua rindo... e eu ganho o dia.



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Friday, November 2

Proposta


Quero dizer... Sabe? É isso. Eu - sou - isso - aqui. Eu sou um montão de palavras... Então, momentos de completo silêncio e redemoínho. Então, volto a ser palavras sem caos. Então eu sou leitura, sou música sem voz. Então, sou música cheia de gritos... ou letras afoitas, letras românticas, letras doídas. Sou dias no PS2 jogando Lara Croft com a sobrinha.

Eu sou meus quatro passarinhos de origami do meu quarto. Eu sou meus três gatos de estimação! Eu sou minha siamesa, minhas paredes com listras marrons e róseo. Eu sou a cor de rosa que não se espalha, o azul chato e teimoso! Eu sou o cinema desregrado! Que entrete, que desopila, que assusta, que ama!

Eu sou um montinho de merda, que ri de qualquer coisa, que pode chorar de raiva! Sou uma caixinha de Sonho de Valsa, que mata a sede num copo d'água! Eu sou... lápis e borracha! E caneta macia! Sou cheiro de livros, um diário secreto cheio de Nada Demais, tão puro quanto um sentimento infantil.

Eu sou uma matemática particular, uma ciência exata que titubeia e tem explicação plausível! Eu sou uma pedra sem valor, bruta e natural. Sou um céu de sol quentinho! Uma manhã fria, um jardim chuviscado e uma caneca de chocolate bem fumegante!

Eu sou... o barulhinho das ondas do mar. Sou... um suco de graviola, uma canga estirada na praia e pés enfiados na areia. Sou como um par de olhos admirando sobrancelhas e sinais da pele. Sou um par de mãos  assanhando cabelos, cheirando atrás de orelhas. 

Sou luz e fotografia! Cores e a ausência delas. Sou tato, respiração, entrega. Sou timidez! Sou ousadia Raramente Ousadia. Sou afronta e resguardo. Sou receio, sou tentativa.

Owmeudeus, eu sou apenas isso. Só isso.



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Thursday, November 1

Primeiro post via celular...

Na realidade, isto é um teste. Então, por favor, vamos ignorar o conteúdo. Porque isso não é material de blog. De blog como o meu. Estou no salão de beleza, parcialmente entediada, com frio e químicas no cabelo... Arranjando o que fazer via celular... Também tô com sono... Cansada... E acordei com uma dor de barriga estranha. No mais... Bom, vou tirar minha hidratação e voltar para casa menos esculhambada. :* É isso.

Sunday, October 7

Dos ichos...


É muito, muito, muito estranho se disser que, agora pouco, quando estava no caminho de volta para minha humilde residência, me recordei de dois textos sobre o lixo que li quando estava na escola? O engraçado é que não acho que qualquer deles me foi tão significativo a ponto de lembrar do motim em cada um.

O primeiro texto que me veio à mente surgiu graças a imagem que tive à fria 23h20 desta noite. Havia um rapaz acocorado em meio a amontoados de resíduos e coisas que todos nós jogamos fora, buscando, aparentemente, algo de valor ou que pudesse servi-lo de alguma forma.

Na hora, a frase que me veio à mente foi "o bicho, meu Deus, era um homem"! Pesquisei na internet e encontrei. É bem curtinho e do Manuel Bandeira!


O Bicho

Vi ontem um bicho 
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Depois, lembrei de outro bem cômico, também sobre o lixo, do Luís Fernando Veríssimo. Segue:

Lixo

Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.
- Bom dia...
- Bom dia.
- A senhora é do 610.
- E o senhor do 612.
- É.
- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
- Pois é...
- Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
- O meu quê?
- O seu lixo.
- Ah...
- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena...
- Na verdade sou só eu.
- Mmmm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata.
- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...
- Entendo.
- A senhora também...
- Me chame de você.
- Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim...
- É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas, como moro sozinha, às vezes sobra...
- A senhora... Você não tem família?
- Tenho, mas não aqui.
- No Espírito Santo.
- Como é que você sabe?
- Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
- É. Mamãe escreve todas as semanas.
- Ela é professora?
- Isso é incrível! Como foi que você adivinhou?
- Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
- O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
- Pois é...
- No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado.
- É.
- Más notícias?
- Meu pai. Morreu.
- Sinto muito.
- Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.
- Foi por isso que você recomeçou a fumar?
- Como é que você sabe?
- De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
- É verdade. Mas consegui parar outra vez.
- Eu, graças a Deus, nunca fumei.
- Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo...
- Tranqüilizantes. Foi uma fase. Já passou.
- Você brigou com o namorado, certo?
- Isso você também descobriu no lixo?
- Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.
- É, chorei bastante, mas já passou.
- Mas hoje ainda tem uns lencinhos...
- É que eu estou com um pouco de coriza.
- Ah.
- Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
- É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
- Namorada?
- Não.
- Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
- Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
- Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
- Você já está analisando o meu lixo!
- Não posso negar que o seu lixo me interessou.
- Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia.
- Não! Você viu meus poemas?
- Vi e gostei muito.
- Mas são muito ruins!
- Se você achasse eles ruins mesmo, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
- Se eu soubesse que você ia ler...
- Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
- Acho que não. Lixo é domínio público.
- Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
- Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
- Ontem, no seu lixo...
- O quê?
- Me enganei, ou eram cascas de camarão?
- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
- Eu adoro camarão.
- Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode...
- Jantar juntos?
- É.
- Não quero dar trabalho.
- Trabalho nenhum.
- Vai sujar a sua cozinha?
- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
- No seu lixo ou no meu?



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Grey's Anatomy foi show! Fringe arreeebentou (foco nos personagens, COISA LINDA DE SE VER!) e Dexter foi incrível e terminou deixando os fãs com água na boca!

A vida tá... que nem um passarinho que não sabe voar, mas quer aprender. Pode cair e se machucar, mas, uma hora, terá uma visão incrível do mundo. #ASSIMESPERO!

Sunday, September 30

Como se...


Não é como se fosse ter um surto psicótico de mulherzinha. Também não é como se tal possibilidade não fizesse (ou fizesse) parte do meu perfil. Mas eu gostaria de levar as coisas por um caminho intrigável (e completamente possível, segundo minha linha de raciocínio).

A verdade é que não ando muito nesta vibe de quem tem argumentos incríveis. É possível que tenha... Mas não é como se estivesse afim de utilizar uma das vantagens de me ser. Também não é como se, de repente, fosse capaz de mudar o mundo (ou um mundo - se é que alguém me entende) com poucas palavras ou atitudes.

Na realidade, eu só queria continuar dando meus passos. Eu não sinto necessidade de apressar a vida. Não agora, não como já quis. Eu não tenho mais o desejo incessante de viver alguma coisa melhor amanhã de manhã. Eu sinto como se, diariamente, recebesse uma bandeija de quitutes onde posso degustar de muita coisa. E me sinto, na realidade,  provando as tais iguarias com muita atenção.

Eu também não sou uma expert em culinária, então, talvez esteja sendo irônica. O fato é que há dias... (Okay, vamos corrigir esta expressão:) "Há semanas" me questionei quando estaria pronta para um novo post... E não encontrando espaço para a preocupação, o dia 30 de setembro chegou.

É como se não existisse uma data... e que, mesmo assim, estivesse marcado. Há quem diga que acabei de definir a fé. Talvez, o destino. Mas eu também não estou mais filosofando no banho ou prestes a fazer algo desse tipo agora... Uso o sabonete automaticamente, e já penso no que tenho para resolver quando fechar a torneira.

Resumindo, noto que escrevi um post... sem vanglória. Sem culpa ou obrigação. E que, muitas vezes, é simplesmente hora de agir com as ferramentas disponíveis. Algumas serão ineficientes, outras incríveis. O válido é, afinal, encontrá-las.

Sempre existirá o apego emocional... graças a potencialidade que algumas peças nos proporcionam. Mas a mudança está em nós - por mais clichê que tal expressão o seja. Não se apegar a importância ou banalidade, no fim das contas, parece, não mais uma indecisão, mas uma obstinação de quem sabe como provar um doce, lamber os dedos e manter a classe neste mundo tão cheio de pudores.

Friday, August 31

Nada e coisa alguma


Uma vez, eu li em algum lugar que... sempre que você faz uma pergunta, a natureza te responde. E que, infelizmente, estamos tão distantes do nosso sexto sentido que raramente encontramos as respostas.

Levando isto em consideração, eu tenho a mania esquisita de achar que tudo é um sinal... Ou que alguma coisa está sendo dita. Na realidade, não deixa de ser. E gosto de tomar nota de algumas delas.

Por exemplo, até meados deste ano, eu era alguém não-diferente do que vinha sendo há 10 anos - ou quase isso. Cada um teria uma justificativa para concordar ou discordar, então vou tentar explicar melhor.

Até 2012 desejei algumas coisas que não se concretizavam, e, repentinamente, resolveram acontecer. É como um ano onde sou desvirginada uma porção de vezes, por n motivos.

Meu aniversário de 28 anos está na porta. E sei que as promessas do que virão a partir disso serão muito positivas porque acho que, finalmente, estou em paz comigo mesma.

Ano passado, coisas parecidas se amontoaram no mês de julho. Então, não sei dizer se por ansiedade ou burrice, vi tudo se esvair como cinzas ao vento. Aí, mais um ano chegou... E precisei dele para me recuperar, acredito. Então, novamente: coisas aconteceram.

Não é que, de repente, fiquei paciente. Mas, se já tinha um fluxo grosseiro para agir racionalmente, este ano a mais deu um plus absurdo... O "mimimi" ou aquele maldito "mas" inaudível de minhas escolhas imaturas morreram junto com elas.

Eu já gostei de manter uma imagem de garotinha... Já curti me sentir mais nova... Parecia que eu era mais inteligente que minha idade... Mas, na realidade, prefiro ter uma carinha mais velha e aproveitar da vida adulta, assumir responsabilidades e seguir adiante. É legal ser maturo!

O Pequeno Príncipe e Peter Pan que me perdoem! Até porque, cotinuo curtindo muita coisa do mundo jovem... Eu gosto de The Sims, gosto de jogar video game (Lara Croft que diga!), sou uma fã assumida de Harry Potter e literatura infanto juvenil... Adoro uma comédia romântica besta, um filme de ficção e animação... Mas eu também quero ser capaz de assumir estes 28 anos com maestria.

Está claro que uma coisa não impede a outra. Portanto, crescer não é um bicho de oito cabeças. Não amadurecer é que, uma hora, pode transformar você numa criatura esquisita. Mas eu não vim aqui para falar dos outros (já falando), então... eis que... gostaria de me ler futuramente... e me avisar que já estou orgulhosa de pensar desta forma com menos de 30 anos de idade.

Monday, August 27

Amor maduro


O amor maduro não é menor em intensidade. Ele é apenas silencioso. Não é menor em extensão. É mais definido, colorido e poetizado. Não carece de demonstrações: presenteia com a verdade do sentimento. Não precisa de presenças exigidas: amplia-se com as ausências significantes. 

O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo. Mas vive dos problemas da felicidade. Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem e o prazer. Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro. 

Na felicidade está o encontro de peles, o ficar com o gosto da boca e do cheiro, está a compreensão antecipada, a adivinhação, o presente de valor interior, a emoção vivida em conjunto, os discursos silenciosos da percepção, o prazer de conviver, o equilibrio de carne e de espírito. 

O amor maduro é a valorização do melhor do outro e a relação com a parte salva de cada pessoa. Ele vive do que não morreu mesmo tendo ficado para depois. Vive do que fermentou criando dimensões novas para sentimentos antigos, jardins abandonados, cheios de sementes.

Ele não pede... tem. Não reivindica... consegue. Não percebe... recebe. Não exige... dá. Não pergunta... adivinha. Existe para fazer feliz. 

O amor maduro cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilusão. Basta-se com o todo do pouco. Não precisa e nem quer nada do muito. Está relacionado com a vida e sua incompletude, por isso é pleno em cada ninharia por ele transformada em paraíso. 

É feito de compreensão, música e mistério. É a forma sublime de ser adulto e a forma adulta de ser sublime e criança. É o sol de outono: nítido mas doce..., luminoso, sem ofuscar..., suave mas definido..., discreto mas certo. 

Um Sol que aquece até queimar. 

Artur da Távola

Thursday, August 23

Nas entrelinhas dos livros


"Ele é o único homem que já fez o sangue disparar nas minhas veias. Mas também é muito antipático. Difícil, complicado e confuso. Uma hora me rejeita, em seguida me manda livros de quatorze mil dólares, depois me segue como um espião. E, apesar de tudo, passei a noite em sua suíte de hotel, e sinto-me em segurança. Protegida. Ele se importa o suficiente para me resgatar de um perigo evidente. Não é um cavaleiro das trevas coisa nenhuma, e sim um cavaleiro romântico numa deslumbrante armadura reluzente, um herói clássico. Sir Gawain ou Sir Lancelot."

Cinquenta tons de cinza

Monday, August 20

Céu de letrinhas


Meu irmão, que raiva! Custava nada me dar um fora? Ou aceitar alguma coisa, soltar uma indireta, um peidinho? Qualquer merda que aliviasse o desespero? Próximo da fila ou paixonite aguda?

Porram!


Eu queria deixar minha cabeça no modo stand by. Às vezes é frustrante saber que um computador tem inteligência artificial, que desliga quando está cansado. A gente dorme, vocês têm razão... Mas é pouco demais para o tempo que gostaria.

Eu queria um ano. Talvez mais. O tempo não é importante. Eu não ia perceber. Uma hora, estaria acordando, encontrando um mundo diferente e tendo a chance de explorar coisas novas.

Eu gostaria de ser abduzida, então. Para uma nova galáxia! Uma realidade paralela inimaginável! Sem escrita, sem quaisquer das coisas que costumam me deixar muito mal, muito mal mesmo.

Meu Deus. A quem estou querendo enganar? Estava levando uma surra virtual de Amanda (vasedanar!) e cheguei a comentar que tudo que escrevo é uma merda tão grande que minhas palavras cometem suicídio. E o pior de tudo é que eu tenho a imagem de todo este texto numa filinha indiana, se jogando de um precipício muito alto.

Comentei, inclusive, que detesto escrever porcaria ou "qualquer coisa". Que me dói na alma não saber se existe um céu para as palavras. E que matá-las desse jeito, como estou fazendo, é cruel. Estou lotando um céu de letrinhas! Que Deus me perdoe.

Saturday, August 18

E aí?


E aí que eu tô aqui... pensando nas coisas mais absurdas e improváveis de toda minha vida. Esperando uma mensagem que não vem. Uma ligação impossível. Um convite absurdo, um sinal do além que jamais terá forma. Estou a mercê, à deriva. E, de todas as vezes em que tentei lutar, nadei contra a maré.

Okay, resolvi aceitar o que veio. De bom grado, inclusive. Então, comecei a me distanciar do mundo celestial, onde uma galáxia e outra espécie de equilíbrio, o bem e o mal, a necessidade e o luxo inexistem para viver "qualquer coisa" [cheia de expectativas].

Puft! Caí na real. Me arrancaram precocemente, como erva daninha (que não sou). Mas, poxa, já estava germinando, criando raízes, afofando o meu território. :/ O coração, vazio, se encheu de um negócio... Mas as paredes sem muito reforço... estouraram na primeira cutucada.

O que não é trágico.

Mas não deixa de ser idiota.

Então eu tomei vergonha na cara e procurei o meu lugar. >:/



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Tuesday, August 14

Bobagem virual


Eu tenho me questionado um bocado (novidade!). Mas, na real, eu tenho muita curiosidade em saber o que diabos eu costumava escrever quando era adolescente. Infelizmente, as páginas não existem mais... (Ou felizmente!) O fato é que gostaria de não ter deletado meus antigos blogs, diários virtuais e afins. 

Eu sou do tipo que gosta de escrever em papel. Com caneta. Mas naquela época, ter um computador ainda era novidade. E cheguei a abandonar um pouco o jeitinho tradicional... Resultado: tem fases da minha vida que documentei e deletei. E que, nos últimos dias, por mais estúpidos que fossem os textos, eu gostaria de lê-los.

Não é que eu tenha a mente fraca, poucas lembranças... É só que... eu gosto de detalhes. Eu gosto de ver como pensava e coloria a minha vida... Não sei como explicar. Só gostaria de ter acesso àquelas bobagens, hoje. Especialmente. Para me ocupar um pouco e parar de pensar... de pensar em... Enfim.

Hoje eu vou abrir um parênteses, dizer o que tenho vontade... Porque, às vezes, a gente perde tanto tempo brincando de ser tradicional, de ser quadrado... que a estrutura acaba cedendo só para ter outro formato. Então, e diante disto, hoje, quero ser apenas alguém no computador dizendo alguma coisa.

Wednesday, August 8

Dos 7 pecados...


Eu gosto de comer sushi. Adoro lanchar na Subway. McDonald's, não importa a polêmica, é clássica! E se me convidar para tomar um Ovomaltine na Bob's, vou achar que está apaixonado. Brigadeiro é uma coisa boa na sexta-feira! E pipoca com leite condensado para uma sessão de cinema em casa: divino. Comer a sobra do final de semana no almoço é massa! Só não é melhor que R.O. (resto de ontem) de pizza. E, sempre, o melhor de tudo isso é fazer tudo isso em casa - chupando os dedos e lambendo o prato!


Friday, August 3

E se quiser...


se ainda te quiser,
não desobedeça -
e por favor desapareça - 
porque,
se
ainda
te
quiser,
já não te quero mais.

Thursday, August 2

Para você


que nunca terei
- porque jamais existiu:
a minha saudade.
O desejo eterno
de realizar
e dividir
os mais belos,
incríveis
e sinceros
felizes dias
da minha vida...
Para todo o sempre.



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Tuesday, July 24

Quem sou?

Bora fazer essa brincadeirinha de novo? Mais simples, é claro, mas ainda assim, sobre mim. Eu acho legal dizer algumas coisas porque o texto acaba agindo como um resultado matemático de quem fui por um período específico. E vai ser bem engraçado este processo... Quero dizer, o texto abaixo (pelo menos pra mim!).


Minha cor preferida... já não é azul. Atualmente prefiro o rosa. Por causa disso, troquei as cores do meu quarto e  minhas cortinas. No fim das contas, meu quarto é marrom e só tem um elemento cor-de-rosa: um porquinho com dinheiro dentro. Sempre desejei prateleiras no quarto. Mas não coloquei por um longo período porque detestava ter que limpá-las. Hoje, as três que tenho não são suficientes.

Me formei em Jornalismo. Tenho 27 anos, quaaase 28. Sou virginiana. Já me importei muito em trabalhar na área, mas a minha profissão no meu país, especialmente no meu estado, é completamente prostituída. Depois de muito murro em ponta de faca, resolvi optar por trabalhar na minha segunda opção: livrarias. E estou apaixonada. Passo 6h sentindo o cheirinho de livros novos e volto para casa de alma lavada. É claro que nem tudo é poética, mas há de encontrá-la na vida quando estamos dispostos a encarar o que vier.

Hoje, gostaria de abraçar o mundo. De fazer muitas coisas boas, de ser do bem. Eu gostaria de me dividir em um milhão de pessoas e fazer um milhão de coisas boas. Gostaria de tomar a decisão certa. Eu absurdamente gostaria de acertar. De agir por impulso e ter um resultado positivo! Gostaria de acreditar um pouco mais nas pessoas.

A vida caleja a mente... E eu estou um pouco insatisfeita com esta descoberta. Às vezes eu gostaria de continuar quebrando a cara... E ter a chance de cometer os mesmos erros um trilhão de vezes sem poder sofrer julgamento. Mas eu sou de setembro, virginiana (já comentei, né?) e perfeccionista. Perfeccionista mesmo. Sem excesso, mas na medida - que deixa transparecer. Então... eu não sei até que ponto estar calejada é positivo... e até onde atrapalha tanto...

Estou como alguém que espera um sinal do além. Como alguém que espera ter a chance de reparar mistakes. Estou como alguém que parou no meio do soluço... E que não sabe se deve engolir ou deixar ele sair. Mentira. Estou como alguém que até sabe o que deve ser feito. E que sabe que acertou e errou em seguida. E que, perfeccionisticamente falando, não vê a hora de consertar a besteira para voltar a ver as águas do rio correndo para o lugar certo.


A Piedade

Não é necessariamente consolador (talvez seja...), mas eu agradeço imensamente por ter encontrado este texto hoje.



A piedade é a virtude que mais vos aproxima dos anjos. É a irmã de caridade que vos conduz para Deus. Ah!, deixai vosso coração enternecer-se, diante das misérias e dos sofrimentos de vossos semelhantes. Vossas lágrimas são um bálsamo que derramais nas suas feridas. E quando, tocados por uma doce simpatia, conseguis restituir-lhes a esperança e a resignação, que ventura experimentais! É verdade que essa ventura tem um certo amargor, porque surge ao lado da desgraça; mas se não apresenta o forte sabor dos gozos mundanos, também não traz as pungentes decepções do vazio deixado por estes; pelo contrário, tem uma penetrante suavidade, que encanta a alma. A piedade, quando profundamente sentida, é amor: o amor é devotamento é o olvido de si mesmo; e esse olvido, essa abnegação pelos infelizes, é a virtude por excelência, aquela mesma que o divino Messias praticou em toda a sua vida, e ensinou na sua doutrina tão santa e sublime. Quando essa doutrina for devolvida à sua pureza primitiva, quando for admitida por todos os povos, ela tornará a Terra feliz, fazendo reinar na sua face à concórdia, a paz e o amor.

O sentimento mais apropriado a vos fazer progredir, domando vosso egoísmo e vosso orgulho, aquele que dispõe vossa alma à humildade, à beneficência e ao amor do próximo, é a piedade, essa piedade que vos comove até as fibras mais íntimas, diante do sofrimento de vossos irmãos, que vos leva a estender-lhes a mão caridosa e vos arranca lágrimas de simpatia. Jamais sufoqueis, portanto, em vossos corações, essa emoção celeste, nem façais como esses endurecidos egoístas que fogem dos aflitos, para que a visão de suas misérias não lhes perturbe por um instante a feliz existência. Temei ficar indiferente, quando puderdes ser úteis! A tranqüilidade conseguida ao preço de uma indiferença culposa é a tranqüilidade do Mar Morto, que oculta na profundeza de suas águas a lama fétida e a corrupção.

Quanto a piedade está longe, entretanto, de produzir a perturbação e o aborrecimento de que se arreceia o egoísta! Não há dúvida que a alma experimenta, ao contato da desgraça alheia, confrangendo-se, um estremecimento natural e profundo, que faz vibrar todo o vosso ser e vos afeta penosamente. Mas compensação é grande, quando conseguis devolver a coragem e a esperança a um irmão infeliz, que se comove ao aperto da mão amiga, e cujo olhar, ao mesmo tempo umedecido de emoção e recolhimento, se volta com doçura para vós, antes de se elevar ao céu, agradecendo por lhe haver enviado um consolador, um amparo. A piedade é a melancólica, mas celeste precursora da caridade, esta primeira entre as virtudes, de que ela é irmã, e cujos benefícios prepara e enobrece.

O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec



Só para entender: esse gatinho chegou na minha casa praticamente morto. Não se mexia, estava muito magro, era muito novinho, estava sujo e machucado. Dei leite através de seringa, cuidei de uma ferida gigantesca em seu pescoço e passei mais alguns dias literalmente enfiando comida através da goela dele. Um mês depois, eis o resultado. E o momento de me separar dele, de enviá-lo para doação. Foi para um ótimo lar, com uma amiguinha, inclusive... Mas o buraco que o danadinho deixou no meu coração... tá doendo um bocado. Vou lembrar dele para sempre. Definitivamente, não fui eu quem o salvou.

Fica aí o apelo: amem os animais. Ou, no mínimo, vamos respeitá-los.

Friday, July 20

Pode ser...


Que as coisas que você mais gostaria de ouvir, nunca sejam ditas. Pode ser que você não realize o seu maior sonho... Pode ser que você nunca escreva um livro ou plante uma árvore... Pode ser até que você deseje muito ter um filho e não aconteça... Ou pode ser que você o tenha, sem desejar. Pode ser que você não conheça as pessoas que gostaria... Ou jamais tenha os amigos que imaginou. Pode ser que não se forme, que não quebre um osso. Pode ser que seu príncipe encantado jamais te pertença... Pode ser, inclusive, que você diga que não vai desistir de certas coisas... e acabe desistindo. Dizem por aí que a gente não deve abandonar os sonhos... Mas alguns desejos, erroneamente, ocupam as gavetas das coisas que mais queremos realizar na vida. Um dia, entretanto, a gaveta pode ficar de saco cheio e expulsar o que não está preenchendo. Pode acontecer também, de você ficar muito mal, por achar que tomou a atitude mais estúpida - se enxergando como um fracassado. Mas, às vezes, lá na frente, descobrimos que tudo que estava errado, nunca esteve tão certo. Sempre dê tempo ao tempo. Porque pode ser que tudo de ruim seja bom. E pode ser que tudo que tem de bom, um dia não seja. E nessa história de ser ou não ser... ...pode ser que nunca tenha não sido ou... que sempre foi o que não é.



Texto escrito ao som desta música.


Friday, July 6

Peripécias do setor de literatura infantil - A anaconda


- Ô tchia, você tem algum livro sobre a, a, a anaconda?
- A cobra??? - perguntei curiosa, encaixando livros pop-up's em prateleiras acima da minha cabeça.
- Sim, é, é, é, da, da, da cobra. Sabe, tchia? Da cobrona!
- Hummm... - respondi imaginando este post. - Você sabe o nome do livro?
- Não sei não, tchia, mas pode ser coqué um! Coqué umzinho!
- Mas a tia não conhece. Eu preciso do nome do livro ou de quem escreveu o livro - já que ele provavelmente não sabia o que significava "autor". - Não serve de répteis? De jacaré, outras cobras...?
- Não, eu quero da anacondona!
- Mas e por que você quer tanto um livro de uma cobra tão assustadora?
- Você já viu, tchia? Ela e-e-e-e-existe mesmo! Eu vi ela entrando no quarto e engolindo o meu primo!
- O quê? - Fiz uma voz de quem estava muito surpresa. - Foi mesmo?! Você viu uma anaconda no seu quarto? Como é que foi isso? E cadê o seu primo?
- Ele, ele, ele, ele, ele tá lá... - Faltou informação mesmo. Ele deu aquela parada, encheu os pulmões antes de continuar. - Mas aí ela entrou e vrau, engoliu ele! Eu vi mesmo!
- E você não ficou com medo?
- Não, porque a anaconda só come as crianças que debose, desode, debode, debodede, desobe, debo, debosedecem, desobedecem o pai e a mãe.
- Aaaaahhhhh, - finalmente entendendo de onde vinha tudo aquilo - agora eu entendi. Então você é um bom filho?
- É! - ele respondeu assim mesmo. - Não pode debose, desode, debode, debodede, desobe, debo, debosedecer, desobedecer! - Aí ele me deu as costas e saiu gritando em direção às mesas. - Aaaaaahhhhh...



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Tuesday, July 3

Decepção


Na realidade, o título era outro. Infelizmente, não lembro o que tinha em mente, exceto que precisava falar a respeito da decepção. Quase uma explicação. Então, enfim, vamos adiante.

Eu já devo ter dito outras vezes que costumava varrer (por falta de palavra melhor) certas pessoas da minha vida. Eu não sei dizer se tem um pouco de, ahm, perfeccionismo ou de loucura, muito embora me pareça justo, inclusive lógico. Quero dizer, imagine alguém que te faz mal. Que fala mal de você, que te agride, que mente na cara dura, que é grosso, sarcástico em excesso e sem necessidade (dentre outras coisas)... Alguém assim merece passar o resto sua existência agindo desse jeito?

Eu corto relações. Antigamente, acho que discutia e deixava de falar. Quando a internet chegou, eu comecei a avisar virtualmente que não ia mais falar com aquela pessoa. Não era um e-mail ou recado em que dizia: "Ah, olha, não vou mais falar com você, tá? Beijos!", mas um recado onde pontuava porque estava magoada e que aquilo não tinha mais futuro (ou pelo menos eu não o via mais).

Hoje, eu não digo nada. Eu simplesmente me varro da vida alheia. Sumo, corro. Vou fitar um horizonte longínquo! Se antes cortava relações, hoje, me desprendo da pessoa, literalmente. O básico, o verdadeiro motim é não enxergar um futuro. A lógica serve tanto para amigos como para namorados, cursos, empregos e determinadas situações, inclusive. A partir do momento em que eu achar que nada vai mudar, que não tem futuro, eu corto relações. Ou melhor dizendo: eu junto a trouxa e sigo em frente.

Entretanto, quando aprendi a não mais excluir as pessoas, necessariamente, mas a me tirar de campo quando notar que o jogo vai morrer no empate. Também trouxe comigo um pouco mais de humildade, de humanidade (acredito). Então, eu dou uma segunda chance. É gostoso dar uma segunda chance! Porque eu vejo que me esforço tanto quanto quem a pede. Quando a coisa toda realmente muda de figura, lá está: O Futuro! Quando não...

Às vezes sei que parece meio cruel, mas é tudo uma questão de tempo. Uma hora, quem deixei, se tiver de voltar, voltará. Por outro lado, se quem deixei, simplesmente seguir o seu rumo, não está me garantindo que tudo estava certo desde o início? A vida é mesmo assim: pessoas que se aproximam, pessoas que se afastam... É uma lei! Atração e repulsa, O Segredo (quem não sabe?).


Monday, July 2

Lição 1 - Sobre trabalhar no setor infantil de literatura

Livros infantis detestam prateleiras. Eles tem pernas e asas... Gostam das mãos das crianças. Gostam muito disso. Livros adolescentes gostam de se deitar sobre outros livros que estão em pé numa fila indiana. Livros infantis superam a televisão. É, superam! Livros exercitam o intelecto. Enriquecem a alma... e podem, frequentemente, te dar condicionamento físico! - Foi o que aprendi no meu primeiro dia. :)

Monday, June 25

Eu me lembro


Sei quem fui, o que passei e como foi. Sei quem você foi e sei quem você é. E, acima de tudo, sei quem sou. E provavelmente já não soube, mas não estou nesta fase. Talvez, algum dia, volte a não saber... E volte a ter certeza outra vez... Não importa. Não te interessa. Não faço parte deste... carrossel.



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Wednesday, June 20

Empty heart




Alguém já ouviu um ditado por aí que diz que "a felicidade não tem Facebook"? Eu acredito nisso. Acho, inclusive, que tudo aquilo que realmente é, não está lá. E eu tenho muita certeza de que já disse alguma coisa nesse estilo outras vezes. É sempre: vou sair, wuhu! Fui namorar! Estou feliz! Mais uma vitória! Uma saudade (no máximo)! Quando as redes sociais começarem a dizer "fui traído e estou na merda" ou "tenho 30 anos e moro na casa da minha mãe" (me incluam - é praticamente isso mesmo), quem sabe "veja meu sorriso, de quem chora por dentro cheio de mágoa e precisa fingir que é coitadinho!" (...) talvez eu acredite em alguma coisa algum dia. Mas eu acho que é pedir demais... Na pior das hipóteses, não estou lá para ver (entendeu o recado ou quer que eu desenhe?).

Eu não consigo mais agir como alguém que está brincando de ser feliz. Fui tomada por um negócio que me abasta de réplicas. Apois é a tar da maturidade! Eu tenho dito que meu pavio encurtou... Mas, na realidade, não é bem assim. Não me falta paciência, eu só não perco mais o meu tempo esperando um chumaço de atitudes que provam o de sempre: precisamos evoluir tanto! Fico pensando se algum dia enxergarão que não é quem passou pela nossa vida que está sempre errado, mas nós mesmos, que continuamos achando que está na hora de mudar e cometemos sempre a mesma estupidez, esperando um resultado final diferente. "Errar uma vez é humano. Duas, já é burrice."



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Tuesday, June 19

Ignore



Foda? Foda é culpar o mundo e arranjar qualquer desculpa que explique o que você se tornou. Foda é sentir tanta raiva e sublimar, ou brincar de fingir que está tudo bem. Foda é encontrar quem você já considerou amigo sapateando no seu cadáver. Foda é desejar esquecer. Porque quem deseja apagar da memória, não apagou. Foda é espancar seu reflexo e matar todos os sonhos de outrora. Foda é chegar aos vinte e sete anos de idade admirando quem já foi dez anos atrás... Foda é escrever sabendo que nada vai mudar. É mudar... e mudar sozinha. E desejar tanto, mais tanto, a companhia de alguém que preferiu ficar lá trás. Foda é deitar na porra do travesseiro... planejar o dia seguinte... Incluindo o desafio diário de "tentar surpreendê-lo", debilmente surpreendê-lo. Foda é escrever uma peça de teatro imaginando um espectador que jamais estará na platéia. Foda é... ficar na merda desejando voar dali... Como alguém que gostaria de uma pista inconsciente para se reformar. Foda é ver tanta mentira, saber do final da piada e não poder sorrir. Foda é esperar. Ah, esperar é foda! Foda é a tal da paciência. Brincar de ter nervos de aço. É esperar o sublime e obter o de sempre. É foda desejar e não ter. Mais foda ainda é desejar o que não se quer - não mais. Vai dizer que não entendeu? Foda é achar que nem existe sentimento... e que tudo não passa de uma árvore de ilusão que deu frutos. Foda é saber que a lei da geração espontanea nem é tão impossível assim... Na vida, basta você unir um cheiro, um maço de palavras, um sorriso, um jeito de mexer no cabelo... Manias... Agora adoce tudo no caldeirão de uma mente criativa, meus queridos! Nasce um negócio! Nasce a porra de um sentimento abiogênico!

Eu não sei pra quê, e isso também é foda, a gente não controla o tal do sentimento. Porque é muito mais fácil quando a gente escolhe de quem vai gostar. É muito mais fácil não perder tanto tempo escrevendo texto revoltado. É tão foda queimar os neurônios com uma vida morta. É foda deixar livre! São foda esses ditados bonitos de amor! Eles sempre fodem o seu psicológico dizendo um monte de coisas que você não tem vontade de fazer! É foda se considerar um louco, pirado! Tem gente que gosta, mas é foda quando afeta a si mesmo. É foda quando... o teu ser abiogênico cresce dentro de você. E você nem pode abraçá-lo. Foda é ver o sentimento crescendo, crescendo, crescendo... É foda! "Porra, morre desgraçado!" Me deixa em paz! Vai foder outra pessoa!

Monday, June 18

O homem da minha vida?


O rapazinho da minha vida? Surpreende todo dia! Não tem todos os dentes e não sabe correr. Anda cheio de cautela. Geralmente, monossilábico. Às vezes, chora de raiva e tem ataques de fúria quando é repreendido. É branquinho. :) Tem chulé e adora quando ressalto, fazendo uma careta. É meio calvo... Bochechudo. Adora caminhões e arremessa o que tiver nas mãos quando vê um gato. Não se importa de escovar os dentes inferiores, mas dá um escândalo na hora de escovar os superiores. Só toma banho morno, na banheira. E, às vezes, não tem desculpa e só quer o colo da avó. Se tocar uma música, ele dança. Se você cantar uma música, ele também dança! Se ouvir um som e achar que é música, ELE VAI DANÇAR. O homem da minha vida tem 1 ano e 2 meses... e se chama Arthur, com "th", porque pedi assim.

Saturday, June 9

Escrevendo?


Olha o que acontece quando você tem uma ideia que não alcançou o papel:

"caminhou pelo corredor mal iluminado no encalço da enfermeira. Não muito longe dali, pacientes caminhavam numa área aberta, ouvindo gritos dispelo corredor sem acreditar que sua visão do lugar estava ultrapassada. Imaginou que enA porta de madeira fez um barulho quando a enfermeira o ferrolho da porta de ferro fazendo barulho. A porta de ferro se abriu para fora, pesada."

E eu vou te dizer: é muito chato quando isso aconteceee, puta merdaaa! Tá tudo lááá e as frases não tem música. Aí você volta e tenta de novo... Volta, tenta mais uma vez... "Não, não é isso!" e volta de novo! Eu gosto quando, no fim das contas, eu tenho um parágrafo e esse monte de palavras sobrando. Porque eu vejo como resolvi o "problema".

Bom, até postar, não estava resolvido.

Sunday, May 27

Celeste e a página 355 do seu diário


Acordei achando que dormi uma semana inteira... Mas a minha gata de estimação não estava morta de fome... Na realidade, dormia quentinha, de barriga para cima.

O celular marcava 13h23, mas, estranhamente, nao tinha uma dor de cabeça... Porque eu sei que não posso dormir até depois do meio-dia... Deve ter alguma coisa a ver com o pôr-do-sol... Sempre acordo com uma enxaqueca cruel, debilitante.

Mas eu não estou aqui para falar disso... Essa noite, tive sonhos esquisitos. Andava por vielas e queria voltar para casa. Estava cansada de caminhar, mas ainda conseguia fazer um esforço. No meio do caminho, questionava as pessoas sobre uma avenida...

Passei por uma loja de bonecas... E tecidos... Topei com pessoas vestidas de personagens do Harry Potter... e encontrei uma garotinha que queria criar um gatinho. "Dê ração, leite, carnes, arroz e comida enlatada. Não pegue o animal no colo o tempo inteiro. E você também vai precisar de uma caixinha de areia", disse a ela.

O pior de tudo é que resolvi escrever porque estou com uma sensação esquisita... Queria falar dele... De quem não tenho nada para dizer... Talvez, a sensação nem tenha a ver com ele, mas, com a manhã que não vivi, o lugar em que não estive e um rapaz que ainda não conheci.

Friday, May 25

Dez anos!


Separei a imagem desde ontem porque hoje é um dia memorável. 10 anos atrás... quem diria! Conheci pessoas que marcaram a história da minha vida. Tantos anos depois, eu poderia simplesmente ignorar... Ou jogar pela janela... Tratar com indiferença... Mas eu tenho um certo misticismo, um sexto sentido, um feeling particular que foi duplicado anos atrás e respeito.

Também não posso esquecer das pessoas que conheci... E dos amigos que trago no peito desde então. Alguns mais afastados, outros mais próximos... Mas todos no meu coração, guardados com carinho (mesmo!). Afinal, como posso me esquecer de tantas situações que desencadearam um efeito dominó?

Quando penso em "vinte e cinco do cinco", meu cérebro jogar um vestido preto na minha cara, um cabelo ressequido e um par de olhos azuis. Depois, acordo na varandinha de uma casa de praia toda de madeira. Eu vejo a chuva, sinto frio nas mãos e um cheiro de mar enfraquecido.

Eu não tenho certeza, mas acho que, no começo, tinha música. Trilha sonora New Age! E chá. Quando os detalhes vão intoxicando o meu cérebro, escuto o barulho de cadeiras de plástico raspando no chão de pedras. Sinto a presença de um grupo de pessoas em silêncio, dando ouvidos a alguém que amei e, subitamente, odiei.

O mais engraçado de tudo... é que foi melhor porque deu tudo errado. Agora, lembro da minha adolescência como a de alguém que acabou tropeçando em armadilhas e caiu numa realidade paralela... Viveu algumas aventuras e voltou com histórias para contar. Meus 17/18 anos foram verdadeiramente graciosos! Desses que a gente lembra detalhes e gostaria de voltar só um pouquinho para matar a saudade.

A medicina explica que... normalmente, o cérebro dá um jeito de esquecer as coisas desagradáveis. Às vezes, acho que das mais angustiantes, a decepção é quase mortal. Cartas na mesa... lágrimas, "adulta estúpida!", "adulta fraca!", "adulta burra!" e a descoberta de um mundo sem super-heróis... Sem justiça... A descoberta de um mundo real, com monstros reais.



Sabe do que mais? ESTÁ TUDO BEM. Era o que desejava dizer. E que, de alguma forma, disse.

Que sorte a minha!

Tuesday, May 15

Time goes by, Espelho Inverso

Se alguém tivesse dito...


Minha cor preferida era azul, era viciada na internet... e já fui mais grosseira. Não posso dizer que, de repente, gosto de coisas mais fofinhas, cor de rosa e reduzi o meu tempo online em mais de 75%, mas é por aí. Também estou postando mais e dizendo cada vez menos... Vai entender...

Sentada na varanda, pela tarde, pensei racionalmente que, talvez, o eSPELHO iNVERSO esteja com seus dias contados. Sei que raramente escrevo alguma coisa muito relevante... e, ultimamente, muito do que encontro por aí e tenho necessidade de dividir, jogo na própria página do meu Facebook.

Então, e pensando em lixo virtual, resíduo, reciclagem... cheguei a tal pensamento. Algumas vezes, deixei pistas de quem estava em transformação, de quem precisava de mudanças... e que, provavelmente, as mais significativas eram mais lentas, mais despercebidas. E eu já tenho os meus sinais.

Bom, a verdade é que essa história de "mudar o padrão" ou "yes, man!" pode ser uma grande ilusão, se a mudança não começar do seu interior. E eu acho que a brincadeirinha das cores, dos "ursinhos de pelúcia" e... minha vida virtual enfraquecida são das mais estúpidas transformações que poderia exemplificar.

O que também vem a calhar, e isso é velho, é que não posto mais da minha vida. Não falo abertamente, como já devo ter feito se estou apaixonada, ganhando muito dinheiro ou planejando uma nova viagem relâmpago. Primeiro porque não interessa a ninguém, e depois, porque, quem não deseja ser lido, não tem blog público.

O meu grande e atual dilema com o eSPELHO iNVERSO é o apego emocional. Eu simplesmente amo o nome "espelho inverso" e acho uma das metáforas mais filosóficas que já acionei para falar de mim. Entretanto, não tem sentido algum, se não tem seu propósito atingido.

Neste blog, quando penso em seu nome, me imagino tomando o lugar do meu reflexo no espelho para falar de mim mesma. A intenção era agir criticamente sobre a minha própria vida, mas eu não posso fazer isso. Depois de algumas experiências quotidianas, cheguei a conclusão de que sou discreta e aprendi sobre isso no berço.

É complicado, dessa maneira, manter o blog. Ele já não tem objetivo amado. Eu não quero falar de mim, minha vida não é interessante, e se for, por que diabos eu teria de avisar a todo mundo que está sendo? Eu não sou famosa, não devo explicação a fãs e meus amigos me encontram via telefone quando precisam!

Se pudesse resumir, eu diria que ainda quero escrever. Que gosto de escrever, de ser lida! Mas eu não quero fazer da minha vida um lugar onde os curiosos venham para especular a respeito dela. Na realidade, eu nem acho que faço mais dessas coisas, e se fiz, já faz muito tempo!

Eu estou pensando em abrir um blog novo, estou querendo migrar, fazer diferente, mudar! Mais mudanças! Pequenas mudanças, dessa vez, na leitura de vocês. Felizmente (ou nem tanto), ando apaixonada por muitas coisas... e não sei como afunilar os assuntos para repassar. Então, por enquanto, sem pressão, ok?

Não é garantido que o eSPELHO iNVERSO venha a ser fechado, nem que realmente inicie alguma coisa nova, completamente diferente. É certo, apenas, que peças estão sofrendo ajustes e substituições. Quem tiver alguma ideia e puder me ajudar, deixe recado que eu retorno assim que ler!

Abraços aos leitores, aos curiosos de plantão, aos anônimos... E a qualquer outra raça que frequente este espaço! Não é uma despedida, é apenas um MUITO OBRIGADA.

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Saturday, May 5

Como ser um escritor?


Quem deseja ser escritor, sofre. Sofre porque deseja escrever e nem sempre gosta do que  diz. A plenitude do escritor está nas palavras que nem sempre se mostram. O azar está na ausência de prazo, no tempo em si mesmo. E eu acho que minha falta de vícios é um agravante. Porque não tenho alma boêmia, não fumo, não bebo... Não galanteio, nem deixo recados no espelho. Não tenho cheiro de roupa guardada, meu quarto é organizado e, apesar de madrugar, estou em casa. Não sei jogar dominó como outros experts e gosto de historinhas bobas no cinema, como as eternas comédias românticas.

Pobre de mim.

Friday, May 4

O que está acontecendo?


É, eu já reparei que não tenho dito muita coisa... Mas, e mesmo assim, não estou sem postar. Também não estou entendendo muito bem. Não é uma questão de "se conhecer" ou saber o que se quer da vida. É, talvez, um pouco mais (ou menos). Eu estou, apenas... aqui. Eu estou onde estiver. Estou em paz.

Saturday, April 28

Glee S03E17


foi em homenagem à morte da Whitney Houston. Gosto muito das músicas dela... e ouço, diria, com alguma frequência (não como Lara Fabian, Adele ou Chantal Kreviazuk, mas ela deve ter um ranking nos meus ouvidos).

E de volta ao episódio do seriado em questão, posso dizer que escolheram as músicas até bem... Entretanto, nenhuma superou a performance de Blaine. (Se puder abrir um parênteses: quero deixar claro que Glee  se perdeu mas ainda assisto. A primeira temporada foi tão boa... Fico esperando melhoras...)


E aproveitando o assunto, quero repassar outro vídeo que me emociona e arrepia profundamente na voz desta "criança". Uma coisa é certa: a letra é matadora e merece destaque.


Friday, April 27

My Week With Marilyn

(Sete Dias com Marilyn, Simon Curtis, 2011)


Sou meio suspeita para fazer comentários. A verdade é que já assisti há algumas semanas... E como alguém que adora (e acompanha) o trabalho da Michelle Williams desde Dawson's Creek, posso dizer o mesmo que costumo dizer sobre Kate Winslet: já era muito boa, está incrível e continua superando os próprios trabalhos a cada novo desafio!

Confesso que sei muito pouco a respeito de Senhorita Monroe. Portanto, não posso julgar Michelle Williams como alguém capaz de fazê-la com maestria. Entretanto, depois do filme (e geralmente acontece), costumo pesquisar um pouco a respeito de alguma coisa que me chamou a atenção (se foi a música, leio um pouco sobre o compositor; se foi a história, leio sobre o roteirista; se foi algum personagem, leio sobre o ator). Neste filme, em particular, me interessei por duas coisas: a superação na atuação da Michelle... e do contexto aplicado à Monroe, por ela.

Sobre Marilyn, depois de algumas leituras, percebi que a eterna Jenn de Dawson's Creek deixou o seu recado como alguém que sabe o que fazer com o que se tem nas mãos. Estou acostumada ver a Michelle fazendo papéis de personagens marcantes, com excesso de energia (veja "Namorados para sempre" ou "Ilha do Medo"). Analisar essa brilhante atuação, de alguém que tem impacto, mas é frágil, superprotegida e problemática, que não tem muita explosão, nem é expansiva quando está o sendo (e consegue transmitir tudo isso na tela do cinema), é ter a certeza de que escolheram a atriz certa, cheia de potencial para encarar um personagem tão... peculiar!

A história em si, entretanto, apesar de matar a curiosidade dos mais interessados, não é muito marcante e trata-se de uma passagem na Vida Monroe. Emma Watson faz uma participação quase especial... e vê-la nos filmes sem o destaque que tinha como Hermione na saga Harry Potter foi meio frustrante, mas não menos interessante. Recentemente, as pessoas têm comparado a atuação da Michelle como Marilyn à de outras atrizes no mesmo personagem. A última da vez foi a Uma Thurman no seriado Smash (e desculpem-me os fãs, mas não chegou aos pés!), assistam e tirem suas próprias conclusões.

Recomendo muito!

Tuesday, April 24

Celeste outside



Celeste woke up in a dark small room. There was a door opened, from where a strong light was coming. Between the darkness and the other shining space, there was a guy. Well, she saw a silhouette and it looked like a man wearing a simple shirt and large pants.

In her mind, she heard a male voice saying "Constantine", but there was no logic. The light of her place turned on after a "click" and she saw that she was in a hospital. Unfortunately, she couldn't remember why.

Wednesday, April 18

Celeste em: linhas e destino


Ela entrou no shopping e correu no banheiro. Lavou as mãos antes de continuar o passeio (não tinha um tique nervoso, mas gostava de lavar as mãos). Aproveitou para checar a maquiagem (que usava para ressaltar o que tinha de bonito, não para esconder seus defeitos).

Não demorou até que outra mulher entrasse... Ela aproveitou o embalo e saiu sem pegar na porta. (E mais uma vez, ela diria que não é tique, é lógica e esperteza!) Caminhou sem pressa em direção à praça de alimentação... Tinha um encontro, mas estava adiantada.

Olhou algumas promoções... Não se interessou por muita coisa. Na realidade, quando o espírito não estava preparado para as compras, era realmente difícil sofrer a persuasão das vitrines. As únicas lojas que mantinham a magia eram as livrarias, mas ela não encontrou qualquer delas pelo caminho.

Não estava nos melhores dias... Estava desanimada e se forçou a sair de casa e aceitar o convite. Sozinha, sentada e perdida numa das dezenas de mesas espalhadas e envolvidas por diferentes culinárias, ela encarou as próprias mãos. 

Antes de sair, pintou as unhas em casa e fez alguns bifes... Não ardia, mas alguns dedos estavam avermelhados. Sorriu internamente - era mesmo desastrada - ! Tinha mãos magrelas, esqueléticas, mas gostava delas. Achava uma das partes mais bonitas de seu corpo.

As palmas não eram ásperas... Eram bem frias, amareladas... "Essa deve ser a linha da vida (bem curta, por sinal). Se existe linha do amor, não vou perder o meu tempo procurando... Não devo ter.  Hum..." Então se perguntou sobre os próprios pensamentos.

Celeste tinha o costume de olhar para a palma das mãos quando estava passando mal. Fosse por causa de uma enxaqueca, por causa de uma queda na pressão... Ela sempre olhava para as palmas das mãos. Às vezes, bastava ter um sonho muito louco, um pesadelo... Lá estava ela, olhando para as linhas do destino.

Ela nem sentiu, mas tinha uma expressão bem séria, o cenho estava franzido e ela encarava as palmas das duas mãos. Seus olhos corriam da esquerda para a direita... E de volta para a esquerda... "Curioso", ela pensou. "Afinal de contas, o que busco nas próprias mãos?"

Mas alguém vendou seus olhos e interrompeu o resto: "se adivinhar quem é, vai ganhar um beijo!"

Friday, April 13

Após Titanic em 3D...



Sonho realizado!

Eu acho engraçado quando algumas pessoas ficam de gracinha... Titanic é o melhor filme do mundo, na minha opinião (e nunca me envergonhei de dizer). É a versão contemporânea, fílmica, de Romeu e Julieta na literatura. É profundo, é trágico, algumas vezes é engraçado... Tem das suas pitadas de ação... Tem gente que gosta por causa da história do navio. Tem gente que prefere o romance. Eu gosto de tudo, inclusive, dos atores (Kate Winslet, minha idolatrada) e Leo DiCaprio, o eterno galã das adolescentes do finalzinho dos anos 90.

Assistir ao Titanic no cinema era um sonho. Infelizmente, quando tive a chance de ver na telona, tinha estourado de tal maneira, que as pessoas estavam pagando para assistir sentadas no chão (resultado: quando minha mãe soube disso, disse que não me deixaria entrar). Como eu não tinha visto o filme, achei irrelevante, teria a chance de alugar depois.

Meses mais tardes, encontro a fita na minha casa. Alguém tinha alugado. Nessa época, eu já tinha meu próprio quarto, minha própria tv e meu próprio vídeo cassete. Cheguei do colégio, almocei e fui assistir. Desse dia em diante, as coisas começaram a mudar.

Eu entrei no curso de inglês porque eu queria entender o que os atores diziam sem precisar da legenda. Eu cheguei a reescrever a história do filme com um final diferente para um trabalho de Português e fui uma das únicas a tirar 10. E por causa disso, eu descobri o amor pela escrita, eu descobri que queria escrever livros, eu descobri que gostava de histórias! Me tornei uma leitora, comecei a devorar livros, a ver mais e mais filmes!

Recentemente, eu conheci a Europa, e voltei lá um ano depois, por causa de Titanic. Se foi o meu inglês que me levou lá, pode crer, foi por causa do filme. E depois de ter reescrito a história, com um final em que Jack e Rose terminam "felizes para sempre", eu escrevi outras histórias, outros contos, embalada pela trilha sonora imbatível que James Horner fez para Titanic.

Eu comecei a estudar HTML por conta própria porque eu queria fazer um site sobre filmes. E meu interesse pelos filmes só começou depois de Titanic! Porque, durante as mil vezes em que assisti a mesma história, eu comecei a querer saber como é que as cenas eram feitas! Eu reconheço que fui uma adolescente bobinha, cheia de muitos desejos tolos. Mas eu filtrei muita coisa da maneira certa. Eu acho que, no fim das contas, ter me apaixonado completamente pela história, pelo romance (e por tudo que desencadeou a partir disso) foi muito válido.

O filme é incrível. Tem os engraçadinhos que gostam de zombar, achar que filme só presta se for alternativo. Titanic me inspira, coisa que muito filminho alternativo não faz. Adquiri competências por causa dele. Desenvolvi essa paixão desenfreada pela trilha sonora (sendo capaz de adivinhar o compositor pelas notas) por causa de Titanic e do interesse pela canção "Rose". Resumindo: são poucos os filmes que fizeram com as pessoas, o que Titanic fez comigo (e com tantas outras). Eu estou satisfeita de ter realizado mais este sonho!

O recado é simples: já viu? VÁ VER DE NOVO! Não viu ainda? VÁ ASSISTIR! Eu duvido que alguém entre na sala e saia dizendo que perdeu 3h da vida! Os detalhes ficaram bem mais impressionantes! Assisti Titanic mais de 150 vezes e, na versão 3D, ainda encontrei elementos que passaram despercebidos! A história ainda merece bis, as músicas e os efeitos sonoros ainda são de impressionar e a obra completa, tantos anos depois, e já vista, continua arrastando aplausos, suspiro e lágrimas porque tem competência.

Aqui tem algumas curiosidades do filme. Vale a pena! :)





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Wednesday, April 4

Status-post

Quase escrevi no Facebook, mas a coisa toda é meio intrigante e resolvi trazer para o eSPELHO iNVERSO.


Às vezes topamos com determinadas situações em nossas vidas: sempre tem alguém prestes a dizer que se iludiu porque está decepcionado, desapontado. Alguma coisa ou alguém não atingiu suas expectativas. Então, fiquei me perguntando: por que o contrário não acontece?

Antes que se perguntem do que estou falando, eu vou explicar. É realmente esquisito: por que raramente nos iludimos com relação às pessoas, aparentemente, "falhadas"? Quando elas acertam? A ilusão não se aplica às pessoas que não gostamos? Antipatia é sinal de segurança e "bondade", provisória?

Por que somos assim? Você pode namorar com alguém e ser traída (poxa, você se iludiu!). OK! E quanto a certeza da traição? Não pode ser ilusão também? Sempre estamos dispostos a nos iludir quando estamos errados, tadinhos de nós! Já aceitar que alguém não deve ser julgado...

Já li que é muito fácil atribuir amor a quem gostamos, temos alguma afinidade ou admiramos. Que tal amar alguém pelos defeitos mais repulsivos? Amar um sequestrador, um serial killer? Menos: que tal amar um vizinho cabuloso, um pedinte, um viciado? Já tentou?

Faça um pouco mais pelo SEU mundo!

Tuesday, April 3

Titanic em 3D


Perdi muito tempo da minha adolescência assistindo. Terminou marcando muitas coisas: a primeira paixão, os primeiros indícios de escolha para a formação profissional... Hummm, sonhos, amigos... Assistir ao Titanic é como ter a chance de lembrar de tudo que pensava quando tinha 15 anos e poder analisar, dos meus sonhos e desejos, o que fiz para realizá-los, se ainda quero alguns que não realizei e se agi corretamente quando substituí  dois ou três por outros. Conclusão: nostalgia faz bem à saúde.

Monday, April 2

Um recorde por dia!


Preciso fazer uma confissão: o post já tinha título e não tem conteúdo. Mas eu não vou deixar de sacudir algumas palavras por causa disso. Vamos assanhar os pensamentos, destrinchar ideias!

Nos últimos dias, iniciei uma caçada involuntária. Postei a respeito, inclusive. Não deu em coisa alguma, mas lembrei do que sou capaz, do que posso alcançar quando me empenho, durmo pouco e tenho meta. O pior de tudo é saber que, de alguma forma, lá no fundo, sexto sentido, terei de aguardar porque ainda não está na hora de acertar.

Com relação a meu título da vez, quero dizer "Um recorde por dia!"... Bom, eu não posso falar demais a respeito... Mas é um tal de "agora a porra ficou séria!". Resolvi tomar a estranha atitude de não tomar atitude alguma. Às vezes, a vida alcança uma dízima periódica, não importa o que faça (ou deixe de fazer).

[Já tentei continuar esse texto de três maneiras distintas e não consegui. A verdade é que nem acho que devo... Porque o que realmente preciso dizer, está aí. Vou assumir a responsa: muitas vezes, não é o que se vê, mas o que não está lá (isso não é uma charada. É óbvio demais para a brincadeira).]

Thursday, March 29

Sobre falsos profetas

Os falsos profetas segundo o Espiritismo em 3 minutos! (Eu só divido o que é interessante. Aperta o play e deixa de frescura!)



Porque é disso que estou falando: "(...) E você? Está atrás de Jesus por quê? Para ter saúde física, sorte no amor? Se for assim, você será presa fácil dos lobos! Para todo vigarista, existe alguém [que está ali pelo] mesmo motivo: lucro fácil. Quem compra o "bilhete" supostamente premiado do estelionatário, não é muito diferente daquele que vende".

Tuesday, March 27

P-peculiar!

O texto era muito grande! Consegui resumir. ;)


Então, gente, eu estou meio que tendo um insight. No futuro, quero ler este post e saber que me lembrei de coisas muito importantes que aconteceram em 2002! (É bom delimitar o ano - há pessoas que eu conheci depois achando que estou falando delas!)

Enfim, vamos lá: eu perdoei. Eu perdoei do mais profundo espaço que tenho para muitas coisas que aconteceram 10 anos atrás. Perdoo, inclusive, meus 17 anos, minha inocência. Eu não entendia que, muitas vezes, ataque é defesa. Eu não enxerguei a pressão, as ameaça. Eu não raciocinei que tinha um ser humano ali. Qualquer psicologia de curioso explica a metáfora que representava uma família, pessoas em quem se pudesse confiar. Eu não vi a depressão, a carga de problemas.

Bom, o fato é: se exageradamente endeusava, parti de um extremo a outro, quando, na realidade, deveria enxergar as coisas com um pouco mais de clareza. No fim das contas, 10 anos depois, o que vale é que analisei. Li o que aconteceu em parte de 2002 e entendi. Não sei como explicar, mas fui tomada por uma compaixão, uma pena, uma necessidade. Quero estender a mão e tentar ajudar. Sou, simplesmente, Fá com 17 anos plus 3.652 atributos desconhecidos, então, estou ansiosa. Não é medo de encarar, é receio de saber que, talvez, no fim das contas, o post acabe por não valer cada palavra. Então, seu estranho significado renascido das cinzas, puft!, nada será.