Wednesday, May 19

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imagem por ~boko

Pensei no desenrolar de várias histórias... No fim inesperado... Adeus, inércia... Saudade. No castelo erguido... e abandonado. No baú de tesouros... roubado. Na risada eterna... Companheirismo... “‘bora no inferno comigo?”... Lealdade, fidelidade... c u m p l i c i d a d e. Devo pagar pecados do passado, não há outro motivo.

Inclusão, reclusão... solidão? Abandono, tristeza, desespero, agonia, fraqueza... e medo. Dos grandes. Infelicidade. Sofriiimento. Dor, lágrimas, angústia, angústia, angústia. “Me leva daqui?”... Palavras que não fugiram goela afora, o nó da garganta, o choro descontrolado, “Me socorre, pelo amor de Deus!”...

Um céu de nuvens... no tom daquele azul-sem-graça. Sem raios de sol... e nem a chuva idolatrada, festejada. Sem estrada, destino. A pior das opções não é a pior opção... a pior das opções é não encontrar opção. É perder o rumo... é não festejar a vida. Inutilizá-la. Inércia de corpos que se movimentam através de vontade própria...

Um coração pulsando um sangue amargo... adoecendo a alma. Acordar... e dormir... e acordar... Os mesmos números das mesmas horas passando... no seu devido encalço. A pior das imagens – o reflexo. A pior companhia – a própria... sem fé ou sonhos. Um monstro que se alimenta de qualquer ânimo... suspiros que não vem.

Desventuras que se agregaram numa bolinha de neve... Efermidade. Mãos que já não são bonitas, sobrancelhas por fazer... cabelos desgrenhados. Nada é doce... salgado... sequer azedo. “E quem se importa?” Pessoas fingindo... que são melhores que outras... Fugindo. A música que não deseja companhia e toca sozinha.



RODAPÉ

Escrevi enquanto escutava uma das músicas da trilha sonora de Lost. Clique aqui para ouvir!

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Wednesday, May 5

Celeste e Madame B.


Lembrou de uma tal "Madame B". A velha gorda era dona de um prostíbulo, mas não vendia o corpo como as outras meninas. Toda noite, vestia suas melhores roupas, se perfumava... e esperava um rapaz que jamais retornou.

Celeste passou boa parte da noite procurando sentido na história. O excesso de sofrimento, a poética trágica... A beleza infeliz... Angústia confessa. Queria gritar, avisar a todo mundo (todo mundo mesmo!) que estava tudo errado!

Será que ninguém vê que não faz sentido?

Se estafou só de imaginar o trabalho que teria para avisar o mundo inteiro. Tinha um esquema tosco para invadir emissoras de televisão e propagar seus ideais... Gastaria seus salários fabricando panfletos "não sofra por alguém que não voltará!"...

Então, finalmente, parabenizou "Madame B" e sua esperança inabalável. Concluiu que não era uma questão de espera, mas de vida suficiente no tempo necessário para que tal façanha fosse capaz de se concretizar.



RODAPÉ

Esse texto terá uma leitura fantástica se tiver Edward Leaves - Alexandre Desplat tocando ao fundo.

Não sofra por alguém que não voltará! - me disse. - E quer dizer que sofrer, trará?

31335 (Obrigada MESMO!)