Friday, January 25

As aventuras de Pi

(Life of Pi, Ang Lee, 2012)


Faz teeempo que não arrisco um desses, né, gente?

Quando ficar velha, escrevendo poemas nas paredes do azilo com fezes, gostaria de assistir a este filme com a mesma frequência com que devo me perder nas cenas de "Brilho eterno de uma mente sem sembranças", "Titanic", "A vida de David Gale" e tantos outros! Explico rapidamente: entrou na lista dos queridinhos.

Quando vi o trailer, achei que o filme era mais viceral - confesso. Imaginei que o personagem principal lutasse o filme inteiro pela aceitação do tigre Richard Parker. Mas a verdade é que tudo parece muito bem "resolvido" nas primeiras cenas.

Tenho certo apego a felinos, então deve soar clichê se disser que todos os apelos presentes - de morte e amor - pela vida, pela necessidade de sobrevivência alheia, resultaram numa esfera muito mais surpreendente que aquela tal "viceral" que imaginava do trailer.

A luta pelo espaço no barco basicamente não existe. A possível proposta para dividir o espaço também não é contexto do filme. Os passos do longa-metragem giram em torno da aceitação, do que pode/deve (ou não) ser feito à natureza. Permissão. É uma lição de respeito abstrato, inalcansável, in do má vel.

A fotografia de "As aventuras de Pi" é prova de que, apesar de todo e qualquer efeito especial, a natureza tem sempre um reflexo que não se iguala aquilo que podemos modificar. O belo, na justificativa mais artística, é puro reflexo do bruto, intocável, "que permanece não afetado pelo que possamos dele pensar". Sábias palavras do meu idolatrado Peirce!

Mychael Danna, que já conheço pelos arranjos feitos no seriado Medium, não deixa nem um pouco a desejar quando beberica de melodias indianas para compor uma trilha sonora tão forte e sensível. Quem estiver interessado pode ouvir tudo aqui.

É um filme que ensina sobre respeito, sobre paciência. Sensível. E que merece ser visto por todo mundo. Recomendo!

Thursday, January 24

Sobre calos


Eu gostaria de avisar que não sou um caso perdido. Passo mais tempo achando que faço parte da metade vazia do copo e sei que tudo é justificável se olhar para trás e lembrar das vezes em que confiei demais. Fui traída por quem me jurou amizade, fui negligenciada por quem disse amar, abadonada por quem me tinha obrigação de cuidar... Tenho meus calos na vida.

Eu meio que resolvi desistir do post, agora. Mas alguma coisa também meio que me pediu para continuar, então, sei lá, posso acabar nem dizendo muita coisa em nome do que prometi...

Hoje sei que não controlo vidas. Que não devo perder tempo discutindo certas coisas. Que nem sempre (nem sempre) vale a pena lutar por certas pessoas. Que vidas são universos particulares, como digitais em palmas de mãos também caleijadas.

No fim das contas, eu só gostaria de deitar no travesseiro e achar que meu dia valeu demais. Mas é verdade é que nem sempre acontece. E sei que parte disso também é culpa minha.

Sinto como se alguém tivesse congelado o meu salto, antes mesmo de tirar os pés do chão. Então, "meio que" simplesmente não sei dizer se vou flutuar no próximo frame...

Ahm, eu não sou do tipo que exige muito da vida. Já cobrei um bocado das pessoas ao redor, mas não foi sadio, aprendi a lição por diversos ângulos. O engraçado é que agora, quando aparentemente não desejo que deixem de ser o que são, exigem de mim posturas que minha personalidade não vai tomar. 

"Aceitar as pessoas como elas são". 

P.S.: esse post nunca teve fim. Estou esperando cair alguma coisa do céu há três dias e nada aconteceu. Optei por avisar que não estava concluído quando o escrevi, e que mesmo assim iria para o blog. Apesar de incompleto, é um daqueles textos que gosto "pra caramba".



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192819 - Obrigada pelas visitas, obrigada pelos comentários de quem lê e vem discutir comigo a respeito depois. Obrigada pelos elogios. Obrigada mesmo!

Tuesday, January 22

Pânico da meleca


Mas eu estou com esse título na cabeça há tanto tempo que na hora de digitar a senha do meu computador, lá vai eu: "panicodamele... Ops!"

Hoje foi um daqueles dias atípicos: dilatei a pupila e fiz exame de vista. A notícia boa é que, aparentemente, um dos meus olhos estagnou. O outro, entretanto, avançou mais 0,25%. Se ficar velhinha com 1 grau de miopia em cada olho, tô no lucrooo! No asilo serei a velha do "olho que tudo vê", movey! I'll rock, beiber!

Tá aí: andei pensando nessa história de ter carinha de menina mais nova... E comecei a considerar o não uso do álcool no organismo. Porque, definitivamente, nos meus 28 anos de vida, se tomei 10 Heinekens, tomei demais! A verdade é que a certeza começou a surgir depois de uma matéria besta que encontrei na internet. O fato é: voltarei a nem sempre tomar aquela única longneck da noite.

E de volta à motivação pelo título: eis que não pude ir de carro para o tal oftalmologista por motivos que não merecem lá tanta explicação. Na volta, peguei o busão da mesma linha. Duas ou três paradas depois, entrou uma criança, uma menina de mais ou menos 7 anos, com a mãe. Ela era gordinha, estava absurdamente suada e com cheirinho de quem precisava de um banho. O tênis era muito colorido, ela usava um short jeans justinho e uma camiseta branca ensacada. Os cabelos estavam presos como os de Chiquinha e, em cada prendedor, despencavam duas tranças enormes e assanhadas.

As unhas estavam grudentas... e lembro que só prestei atenção nela porque seus dentes mostravam o sorriso de alguém que tinha um bruxismo negligenciado. "Tadinha..." Enfim. Detalhes à parte, notei quando minha mãe, de repente, me olhou com uma carinha assustada. Ouvi que a menina dizia: "olha, mãe, são duas catôtas! Agoraaa sãããooo trêêêsss catôtaaasssssssssss..." Reparei que depois ela ficou arrancando umas crequinhas das pernas para saborear (sim, ela estava comendo).

Ah, tem um diálogo que é fabuloso: "Olha como elas são brilhoooooooooooooooooooosas! Que brilho maravilhooooooooooso! Que catôtas brilhooooosas, mãe, olha sóóó!"

Não sabia eu que ainda estava tudo lindo! Na parada das criaturas em questão, eis que levanta a mãe, levanta a filha... e o ônibus dá uma brecada. Vamos a pergunta do quiz: onde foi que a menina se segurou (abre parênteses: com a mão suja de baba, suor, crequinhas e "catôta")? No meeeu braaaçoooooooooo! Agora faça alguma ideia de como cheguei em casa quase chorando enquanto repetia o mantra: quero tomar banho! Quero tomar banho! Quero tomar banho!

Pois é, dias atípicos têm destas coisas. #TENTEEVITAR



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Tuesday, January 15

Das inquietudes...


Rapaz, eu deixei até anotado no meu Facebook (para não esquecer - amnésia batendo, já) que eu deveria falar de música. Porque hoje de manhã, acordei com uma vontade estranha de tirar o fone do ouvido e sonorizar o mundo. Se eu soubesse onde fica o aparelho da trilha sonora do universo, iria até lá para mudar o cd por algumas horas. E todo mundo seria obrigado a remexer o esqueleto! Mas eu me contentei de balançar a cabeça à caminho do trabalho com as músicas no volume máximo. 

Enfim, acho que preciso girar a garrafa e escolher outro alvo para o Jogo da Verdade. O destaque neste texto é o que me perguntei quando estava na parada. Devo ter inspirado pesado em algum momento, cansada, e brotei um pensamento que há muito não sentia: eu deveria estar aqui?

Sabe? Não é uma dúvida espiritual, não estou questionando minha existência, nem o meu passado (talvez sob um véu), mas, às vezes, parece que não deveria ser como é. Parece que tudo deveria ser diferente, noutro lugar. Então acho que está tudo errado porque tenho certeza de que conheci e me aproximei de quem deveria. E todo o resto, como uma tempestade em alto mar, se acalma e vira brisa.

Será que não vou ficar velhinha? Dizem por aí que os bons morrem cedo... Não devo correr este risco. E apesar de notar certo desprendimento com relação ao lugar de onde vim e estou, estranhamente, também parece que tudo nunca esteve tão certo. Então concluo, imagino, que tal inquietude, há tempos inerte, voltou a seu devido lugar e estou em completa harmonia de me ser.

É muito idiota pensar deste jeito? Ou escrever um post sobre isto?

Hummm.



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Monday, January 14

Mas e daí?


Meu nariz tem um tracinho engraçado e... sou mais cega do olho direito. O meu pé esquerdo é 39... o outro é 38. Tenho cabelos brancos, mas ainda não estou afetada com isso. Minhas pernas são enormes e todo volume que Papai do Céu poderia mandar para meu busto, jogou na minha bunda. A ponta da minha sobrancelha esquerda é assanhadinha... mas eu acho fofíssimo. Nunca fui muito de roer as unhas, mas não gosto delas grandonas. "Cabelos tapando a vista? Jamais!" Adoro meus sinais e minhas mãos, apesar de achar meus pés feinhos. Detesto tufos de pelo no meu corpo e me depilo 2 vezes no mês, se necessário. Limpo os ouvidos todos os dias. Não tenho paciência de ficar usando creminhos na pele, mas dizem por aí que ela tem pedigree, huahua! Fico lesada com sono... Basicamente entregue... Então, para evitar outros comentários que possam me constranger depois, termino dizendo que escrevi este post porque gosto de detalhes. E que também gostaria de ser vista desse jeito. 



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Saturday, January 12

Loucurinhas de vez em quando...

faz um bem danado! E sei disso! E eu fiz algumas delas na vida (viu, velhota?).


Eu queria ter concluído o post anterior... Eu deixei pela metade, pode reparar que não tá bem finalizado, e não foi de propósito. Eu tinha planos de terminar tudo na noite em que programei sua postagem - dois dias atrás. Mas aconteceu uma daquelas coisinhas de última hora: aquele "vamu saí?" quando você já tomou o bainho do sono, passou hidratante, colocou o pijama e estava prestes a dormir para mais uma manhã de trabalho.

Foi divertido! Andei de bicicleta na praia à noite, pulei minhas 7 ondas (finalmente!) e dei boas risadas.

Sim, ah, e ontem, que tive uma enxaqueca que me desabilitou às 19h, por uma sequência de mais 12 horas. Eu queria ter dito que folheei melhor o livro "Poesias selecionadas", Gregório de Matos, da editora FTD lá no meu trabalho - porque eu trabalho numa livraria - e desisti quando li alguns textos. O problema do livro é que não é bem o que estava procurando. Talvez alguma coisa mais romanesca, que fale de pessoas, situações e cotidiano...

Hoje acompanhei o desenrolar de uma conversa pitoresca entre dois homens no busão e achei que devia relatar. Não pelo contexto, mas pelo vocabulário. Impressionante como gosto de analisar pessoas. Observem:

- Qué cô tô fazenu lá no Morro, véi? Nada, véi!
- Ô sei, ô sei.
- Trabalhá. Se aparicê, vô querê, vô trabalhá, véi. Toda vez é centivinte conto. Inquanto tivé, tô lá.
- Agora vê se tu dá um dinhêru a tua mãe, vi?
- Não, véi, vô dá, vô dá. Vô dizê a ela "ói, mainha, trinta real eu vô li dá!", fico cum dez pra bebê e dez pra comprá meu cigarro! E só mô véi.
- Só trinta, véi?
- Não, vê... Vô dá cinquenta real à mainha, fico com dez pra bebê e só mô vey. Vô gastá mais quê isso não. Tô feito frango é? Vai ti fudê!

Noto, cada vez mais nas pessoas, que elas têm um potencial caricaturista divertidíssimo de observar. Aprendi no trabalho, lidando diariamente com o tal ser humano, como pode ser proveitoso explorar o mundo particular de cada um - seja chato e exigente ou divertido e esperto. 

Atualmente, inclusive, estou, temporariamente, numa determinada parte da loja onde gritar "próximo!" causa uma corrente elétrica besta, como se fosse uma exploradora conhecendo um tanto de universos particulares. Talvez, quando ler isto, velha, já pensando em urinar nas plantas, eu descubra porquê foi que decidi estudar um pouco melhor sobre a psicologia (é, tenho interesse...).

Hum.

Por hoje é só.

Mentira. Quero dizer mais uma coisa: quero o meu barulho de chuva de volta! E vou procurar por ele. Aguardem! ;)

Agora sim: fim de post.

Voltei para avisar que todo mundo devia baixar a trilha sonora de "The Fountain" porque é absurdamente gostosa.

Pronto. Tchau.



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Thursday, January 10

Das coisas na cabeça...


Olha, ontem eu fiquei pensando num post novo: falar de sexo era uma das opções (até perder a linha do raciocínio quando estava no ônibus, voltando para casa e dar aquele cochilo no engarrafamento).

Vamos nos apoiar num paliativo qualquer: o que tinha na cabeça nos últimos dias era 

1) a necessidade de comprar uma agenda para anotar minhas horas extras do trabalho e meus gastos diários (falando com sinceridade? Espero me tornar uma velha controlada porque fiquei lisa neste final de ano e não faço a menor ideia de como gastei o meu salário. Sério!). Me resolvi com esta, que já estava de olho (coisa de amor à primeira vista.) Então, Fá, se você é uma velhinha com dinheiro (e dentes, né?, porque banguela ninguém merece, já que uso fio dental e escovo tudo com frequência), você se superou! 

2) Depois, fiquei pensando nas coisas que rondam a minha cabeça há semanas. Uma delas, inclusive, e não sei bem direito porquê estive bloqueando até então é: quero livros de poesias. E poemas. (Eu deeeteeestaaava livros desse estilo. Hoje tenho necessidade deles. Como são as coisas!) Já sei até qualé o primeiro da lista: Poesias selecionadas de Gregório de Matos, editora FTD (aceito de presente, inclusive e tal...).

3) Quero estudar, quero estudar! Não consigo ficar sem aprender alguma coisa que precise de leitura, estudo, análise, silêncio, caderno e caneta! Preciiiso estudar! - Pois é. Meu cérebro está assim. Eu não consigo passar muito tempo sem frequentar uma sala de aula. Muitos planos para quando terminar de pagar as minhas contas. 

Wednesday, January 9

Eu já tive uma To-Do List


Para quem não sabe, ou, caso eu esteja muito velha (viu, Fá?) e parte do meu cérebro que aprendeu inglês já esteja afetada, gostaria de explicar do que se trata antes de dizer o que tinha nela.

"Ela", a To-Do List, nada mais é que uma listinha onde você anota coisas que fará (ou precisa fazer) em tópicos... Na realidade, nem sei se é isso mesmo, mas funcionava desse jeito comigo.

Entre os anos de 2002 e 2012 (sem precisar por opção - e aqui deixo claro para a velhinha gagá que serei algum dia que posso até esquecer de muita coisa, mas tenho certeza de que lembrarei do que estou falando) a listinha de "Coisas para fazer antes de morrer" era muito curiosa... e ousada.

Para se ter ideia, uma das primeiras sempre foi: (Observem:)

1) andar de bicicleta pelada, à noite. E na chuva;
2) acampar no topo de um arranha-céu;

Se bem analisado, tinha um certo "quê" naturalista. Mas eu nunca fui ativista do Greenpeace ou fiquei por aí abraçando as árvores... (Mentira. Até abracei árvores - quem sabe num outro post posso estender este assunto...)

3) vestir uma fantasia absurda e pegar ônibus;

Fala sério: é fenomenal!

Outras mais bestas também foram anotadas:

4) escrever as inicias numa árvore;

Pe-pe-peraí! Eu lembro que tive uma ideia neste tópico para não machucar a árvore... Confesso que não lembro direito o que foi (pelo menos do que guardei na memória imaginativa): tinha um parque de árvores enorme, não estava no Brasil, não era inverno, mas as folhas e a grama estavam úmidas porque chovera suave horas antes... Também não estava quente. Gritinhos de crianças ao longe... Acho que estava sentada, acompanhada (sim), numa espécie de tampa de cimento... Bom, não lembro mesmo da ideia, lembro de como imaginava tudo, mas não registrei como seria feito para não machucar a árvore... Enfim...

5) nadar nua, também à noite, na piscina pública de um parque/clube fechado;

Eu realmente preciso tirar a roupa. Perceberam? Ô, Jesus.

Ainda acho que é tudo muito lindo. Não sei dizer se realmente teria coragem de fazer algumas destas coisas, mas seria ilááário! A companhia conta um bocado, então, sozinha não tem graça e com qualquer um também não rola. Talvez, por isso, ainda não tenha realizado tantas delas...

Eu diria que, na vida, nem tudo é To-Do List. Às vezes, a gente encara desafios bem mais "cabeludos"... Enfim, verdade seja dita: o planejado-executado, por sua vez, tem sua porcentagem de vil loucura.

Nunca fui rebelde. Sempre achei que coisas desse tipo faziam mais sentido... Era nessas horas que ficava desconfiada, me perguntando se estava no planeta certo. Mas parei com isso de uns tempos pra cá.



NOTA DE ESCLARECIMENTO: o blog mudou (okay, que merda, todo mundo já notou que o layout está diferente). Mas não era exatamente disso que estava falando... A proposta do blog agora é: eu vou ficar velha. Eu acho que vou ficar velhinha. Vou ser uma anciã que pega nas fezes e tasca nas paredes (yyyaaaaayyy!)... E também vou manjar de internet e tecnologia. Dessas que tira o vírus do computador dos netos. E então, quando esses dias chegarem, quero lembrar de quem fui anos atrás. O blog vai me ajudar quando a amnésia bater e o Alzheimer devorar o meu juízo (que já nem é dos melhores!).

NOTA DE ESCLARECIMENTO 2: pessoas, não fiquem com medo! Eu não vou expor a vida de ninguém aqui. Talvez a minha, na independência das outras. Ok? Prometo. :*



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Tuesday, January 8

Blog do subaco cabeludo vem nimim!


Tá, agora é sério: eu vou tentar um novo processo a partir de hoje. Tentar me atualizar. O eSPELHO iNVERSO precisava de nova proposta. E acho que acabei de criá-la, como num piscar de olhos. Eu também dei um empurrãozinho quando mudei o layout (e sei o que vão dizer por aí: "rosinha, ui, que gay!")... Mas, enfim...

Subjugamentos à parte, notei que o EI se perdeu com o tempo. Quando estava fazendo Universidade, lembro da minha professora dizendo: "as empresas precisam ter uma missão. Nada existe simplesmente porque você deseja. É necessário encontrar uma finalidade para tudo que se cria. E você precisa explicar porque diabos sua empresa é diferente de tantas outras que já existem para vingar".

O fato é que sempre gostei do nome do meu blog. E só por causa da expressão "eSPELHO iNVERSO", não deletei tudo no final do ano. Fiquei meio deprimida, inclusive, porque disseram que eu estava falando demais, ainda que no país das "entrelinhas"... Ou julgavam meu julgamento a respeito da minha própria pessoa (bizarro!)...  Parei de escrever e fiquei com aquela cara de coxinha, achando que meu blog estava por um fio.

Então eu meio que estou aqui para encerrar um ciclo péssimo de postagens, que não rumavam para lugar algum há meses. E minha nova missão é: porque eu costumo dizer que vou ter Azheimer quando ficar velhinha (de vez em quando vou escrever com fezes nas paredes ou correr pelada e pelancuda pelas ruas, mas eu já estarei no fim da vida e sem juízo quando acontecer)... E quando não lembrar de muita coisa, quero ligar um computador, digitar "espelhoinverso.blogspot.com.br" com dificuldades e ler sobre o que já fiz na vida e como me senti quando aconteceu.

É meio idiota, se tenho diários escrito à mão... Mas a coisa toda, pelo menos por lá, é mais escrachada e descritiva... O eSPELHO iNVERSO está muito longe disso porque não é rebelde. É, inclusive, tão racional, que, por vezes, costuma complicar! Então, e sem maiores blablablás, quero registrar que o blog agora tem uma finalidade: espantar a depressão da minha amnésia, quando estiver avançada.

Amanhã começo este processo. E não vou deletar o que já tenho porque todos estes anos de blog agora fazem parte da minha gênese criativa. #MAOEW!

[E como apaguei meu texto de final de ano, ele e tantos outros, deixo aqui meu óóótimooooo 2013 para todos!]



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