Tuesday, December 20

O que está igual, está diferente!


(Tentei escrever este post quatro vezes, então, já meio impaciente, não vou pensar demais no que digo. Perdão se parecer que não foi a mesma autora quem soltou as palavras que virão.)

Eu li alguns comentários revoltados com o ano que está acabando. Tem gente rezando por 2012, dizendo que não aguenta mais o que viveu de ruim, "adeus ano velho!". Entendo: não é que as lembranças sejam formatadas no reveillon, mas a esperança do novo ano é inerente. Nada contra, gosto muito.

Bom, o que estava querendo dizer nos quatro pensamentos deletados era: eu me lasquei. No primeiro semestre, fui obrigada a lutar contra um desejo que morrera racionalmente, e tinha uma força imortal, imoral!, (sentimentalmente falando). Tapei o sol com a peneira, mas só descobriria depois.

Quando julho chegou, tudo melhorou. "Melhorou"? Melhorou, mas as decepções não foram poucas. Se no primeiro semestre não enxergava opotunidades, no segundo, o que chegou com uma mão, foi arrancado com outra. Minha esperança era resgatar a fé, o sentimento positivo, a energia boa.

Agora vem o parágrafo do toque divino. Numerológico! Espiritual. Dê qualquer nome! Eu não sei dizer o que foi que aconteceu, nem quando, mas está tudo diferente. Tudo mudou, sem nada mudar! Para explicar melhor este parágrafo, vou usar trechos do meu diário de papel, que escrevo à mão.

"Tenho, agora, um senso tão bem dimensionado sobre as coisas ao meu redor, da minha vida como ela é (...) que só posso concluir que 2011 foi incrível! (...) Ele não foi excepcional e foi tão grandioso! (...) Um ano de mudanças silenciosas. A transformação é caótica, mas vale a pena.

Inteligência? Sinto como se estivesse recuperando o que não sei que perdi. O mais engraçado é saber que, noutros tempos, estaria extasiada, mas já não me importa muito. Não tenho mais aquela estranha necessidade por responder minhas filosofias, apesar de tê-las.

Agora, quero ter minhas dúvidas e viver com todas. Não quero por um fim a quem sou, tampouco, destrinchar-me em palavras. Aprendi a me ser, me sendo. Me aceito. Envelheci? Não acho. Amadureci? Um pouco mais. Então, que bom que "me lasquei"! Todo mal foi bem filtrado.

Em 2012, quero mais dessa paz. Sossego possível (e barato!). Acho que é presente pelo comportamento (quase) exemplar! Não comprei! Então, chego a esta conclusão com um sorriso no rosto: se tenho, devo merecer! Minha oração? 'Em 2012 eu quero... estar em 2012.'"

Feliz Natal, Feliz 2012, pessoal!

Sunday, December 4

Celeste e seu não-querer


Ela tinha se acostumado a não fazer, em absoluto, o que não tinha vontade. As vírgulas, neste caso, eram muito poucas... Trabalho, família... Vocês devem imaginar.

Entretanto, certa manhã, agarrada a uma caneca de achocolatado gelado e seu enorme saco de rosquinhas, fuçando seu Facebook porque não planejava sair de casa, desejou sem querer.

Na hora, inúmeros taxadores apareceram justificando "porque não fazer", e por algum motivo, ela não queria fazer também! Mas no seu interior, uma voz pedia, desesperadamente, que fizesse!

Por alguns milésimos de segundo, a confusão era um redemoinho caótico em crescimento no seu inconsciente. Depois, ficou tão grande que a razão mandou um aviso... e ela começou a pensar.

Debulhar-se, levando o signo analítico em questão, era tão gostoso quanto comer um jambo doce na infância (em suma: ela adorava), então, começou a buscar, não uma explicação, mas uma nova hipótese de sê-la.

Complicado? Ela não achava que estava com tempo extra para filosofar a respeito da lógica disto, então, passou os minutos seguintes questionando e realizando pontes justificáveis entre seu passado e seu futuro, com prazer.

Os tópicos surgiram como se fossem perguntas. E ela respondia, como aluna aplicada. Gostou daquilo, continuou feroz. No meio do processo, resolveu anotar para não esquecer e, acabou se lembrando de mais uma descoberta recente: mude o padrão.

De repente, a conexão ficou perfeita! Imaginou o cérebro num estado alfa, omega, beta (...), onde todos os hyperlinks, por alguns minutos, conseguissem estabelecer conexão perfeita, como se a natureza fosse capaz de enviar um aviso de que o caminho estava certo!

A mensagem tinha alcançado plenitude. "Mude o padrão!" Mu-de o pa-drão! Mudar o padrão, mudar - o - padrão, mu-dar - o - pa-drão! Fazer o que não tem vontade, dar a chance, abrir uma janela para outro lado, pensar diferente, sorrir à possibilidade de não ser o que foi esperado.

... Nunca é tão fácil quanto se imagina, - ela pensou enquanto terminava de fazer mais uma anotação no seu caderninho/guia de sobrevivência, que ela apelidara de "manual particular de vida") - mas, se, estranhamente, tenho este sorriso no rosto, acredito, sem qualquer dúvida, que acertei em cheio.

Saturday, December 3

Não tem essa de "mas,"!


Tenho miopia! Óculos são parte de mim, preciso deles para enxergar bem, ver o mundo definido. Meu cabelo é naturalmente cacheado e, apesar de ter usado madeixas lisas, sinto falta dos cachinhos e estou deixando crescer. Cabelo no rosto me deixa agoniada e prendo quando o vento passa do limite. Uso jeans porque acho bonito. É melhor de combinar cores e acessórios... mas não dispenso um vestido leve (de vez em quando). Tenho 27 anos, mas ainda encontro quem me dê 19. Já gostei disso, hoje, não quero mais o perfil e rostinho adolescente: sou mulher (apesar de manter alguns vícios nerds, ser caseira, gostar de comédia romântica e literatura fantástica).

Na realidade, eu tinha outro montão de coisas para trepudiar, mas eu tive uma daquelas minhas crises de amnésia momentânea e esqueci o que planejava com o texto... Então, e eu nem sei direito o que eu quero dizer agora, mas, eu tô meio revoltada com algumas coisas. Tô afim de mandar situações e pessoas à merda! Eu me esforço, engulo, respiro fundo... Mantenho a visão fixa, me concentro, foco foco foco, e naaada! E quando o retorno da ligação tarda, faaalhaaa! E se não tarda, já falhou! Sempre falhaaa! Eu tô me cansaaando dessa palhaçada! Tem alguém dando risada e pregando peça, não é possíííveeel, minhaaa gente! Se pudesse explodir minha vida em pipoquinhas, já tinha feito há muito tempo!

Saaaaacooooo!

Tuesday, November 15

Celeste, me ceda um espaço!


Eu... resmungo. Tenho outros verbos, mas, hoje, especialmente, ha-ha, gostaria de publicar este comentário. Porque eu simplesmente não planejei, não pedi, não esperei. Na realidade, inclusive, escrevi dois parágrafos para Celeste, que falava sobre o destino (mas apaguei). E, bem, eu acredito muito nele.

Não é uma questão de estar lá para acontecer, mas, de, talvez, não estar aqui para ser (não importando o que seja), ou mudar-se para mudar alguma coisa. Celeste ia dizer que se rebela, esperneia, pergunta o tempo inteiro, mas sabe que o destino prega das suas e não se tem controle sobre isso.

O futuro não está escrito nas estrelas. Concordo. No máximo, escrevemos nossa história nas linhas da vida. O destino, por sua vez, sedutor (ou nem tanto) cruza estas linhas. Deve caminhar em paralelo, só para não nos perder de vista. Então, e repentinamente, ele diz: "está na hora!" e atravessa nossa história.

Não tenho respostas. Usei uma metáfora boba para explicar minha ausência acometida pelo destino porque não tem como não enxergar uma "assinatura" dele. E pode ser visto como uma besteira qualquer, até, sabe? Por isso que eu nem vou falar no motivo... E não acho que devo.

O fato é que é muito importante. Aqui dentro. Na realidade, acho até que estou consertando alguns pensamentos que, provavelmente, meu destino, em paralelo com a minha vida, cansou de ouvir e resolveu mostrar que estou errada. É burrice achar que as transformações só acontecem de fora para dentro.

Até logo!

Friday, November 11

Celeste adolescente


O que alcançou a sua mente foi a esquina da rua onde morou... O dia estava ensolarado, para não dizer que fazia um calor infernal... Usava um relógio azul (ou seria preto? Não tinha certeza)... Passava na frente da academia que tinha uma calçada vermelha... Tinha fome?... Uma coisa era mais certa: sempre desejou encurtar o caminho do colégio até sua casa, então, provavelmente, pensava nisso... Mais alguns passos... Olhou as horas... E percebeu... uma repetição...

Monday, November 7

Celeste e novas paisagens


Lembrou-se da última vez em que resolveu arrumar as malas e pegar um avião... Sensação gostosa... Um pouco assustadora, cheia de expectativas...

Então veio a metáfora. É, lá estava a mesa de madeira, um par de mãos que não sabia de quem era... E pedras. Cartas? Bom, eram pedras, mas podia ser qualquer coisa.

Provavelmente, estariam organizadas. As pedras. Alinhadinhas, milimetricamente dispostas no meio da mesa. Então, as viagens faziam disso: bagunça.

Ela imaginava o par de mãos desconhecida juntando todas as pedrinhas. Então, sacolejavam tudo, bagunçando o suficiente, e arremessavam tudo na mesa outra vez.

Ah, ela queria! Desejou até que algumas pedras caíssem no chão, partissem no meio, desaparecessem. E que outras, de cores distintas, surgissem.

Bagunce! A vírgula é pequena, jogue o resto para o alto, deixe alguma coisa nova entrar, derrube o que é velho e ultrapassado! - torceu forte deixando o destino pregar uma peça.

Saturday, November 5

Celeste e a página 78 de seu diário


Não entendo. Na realidade, a frase é ótima. Eu fiquei pensando aqui se não faria parte de um balaio clichê das expressões encontradas nos diários das mulheres-meninas... Bom, eu estou com um pouco de pressa para expressar a lógica da frase inicial, então, vou pular este invólucro.

Eu... quero. Ele. Sim. Então, não quero mais. Mas não é como se não desejasse qualquer coisa. No querer, desejo várias, e quando não quero, nos setores do querer, o querer permanece. É só que... complicado e simples, eu não quero o que não gosto. Então, parece que abro mão! Mas desisto querendo!

Então, tenho medo. De querer... então... de não querer, querendo, e, desistir. Se é que "desistir" é a palavra certa. Talvez, e juro que estou me esforçando para explicar do jeito certo, eu temo utilizar do que é "justo" mais uma vez, e então, puft!, ver a mesma história dramática se repetindo.

Mas esta moeda também tem duas faces. E posso dizer que não sou quem já fui. E tenho orgulho de pormenorizar que pulei umas versões, da 1.0 direto para a 5.0... De maneira que, já nem sei em que versão me encontro. Melhorada, com toda certeza. Talvez, até, prestes a ser um novo produto.

Bom, e deixando a metáfora (concordo que não foi muito boa), eis que eu estou assistindo um filme. Vivendo e assistindo minha vida. Realizo hyperlinks, mas não sei como agir. Na realidade, sempre que tento, alguma porcaria acontece. Então, "observo e absorvo", como dito outras vezes.

Sofro, ganho esperança, sofro de novo, ganho esperança... Acho que é por isso que não gosto de pessoas indecisas e geralmente perco minha paciência. Elas costumam fazer da minha vida, de meus sentimentos, uma montanha russa que eu, sinceramente, acho que não mereço. Porque eu não faço isso com outros.

Prefiro, inclusive, tomar uma decisão preciptada, deixar os envolvidos liberto das minhas indagações, até que todas elas estejam sanadas para não ferir ninguém. Geralmente, acaba ferindo, porque são poucos os que entendem isso. Na realidade, acho até que ninguém... Já sei: vou ter que aguardar mais capítulos.

Friday, November 4

Quatrodenovembro


PORTUGUÊS

FAZ UM ANO que eu realizei um dos maiores sonhos da minha vida. Às vezes, fico me perguntando se... "estava escrito". É complicado discutir sobre isto com ele porque não é do tipo que acredita nessas coisas. Ele é meu oposto. Somos como Yin e Yang, partidos no meio e separados pelo oceano. Nossa amizade começou no dia 6 de dezembro de 2002. Ele diz que foi no dia 2, quando mandou a primeira mensagem no meu ICQ. Eu só respondi no dia 6, já que, até então, minha internet discada só me permitia conexão nos finais de semana e depois da meia-noite. Tínhamos 18 e 19 anos de idade. Minha foto do perfil era horrível. E eu estava usando um óculos escuro que nem era meu. Ele tinha uma barbicha engraçada que chamou minha atenção. Mais tarde, inclusive, ele removeu, e eu pus um apelido que uso até hoje, esteja ele com barba ou não. Criamos um verbo no inglês, "to kiyh", porque costumávamos dizer que nossa ligação, nosso relacionamento, nossa "estranha" (talvez bizarra) afinidade era tão incomum quanto o que sempre sentimos um pelo outro. Distantes ou não, uma coisa é impossível: esquecê-lo. Sei que também estou por lá, de alguma forma, como um pedaço inevitável de nós mesmos que foi substituído. Maior do que a pulseira azul e amarela (nossas cores preferidas) que ele amarrou no meu braço quando nos conhecemos pessoalmente (ou como aquela que deixei amarradinha no pulso dele). Aprendi que a distância mata muitas coisas aos poucos. Quando não o faz, adoece. Muita gente acaba se curando, esquece, deixa passar... Mas eu não consegui. Nem ele. Cheguei a conclusão de que... já não respeitamos apenas um ao outro, mas a nossa condição de ter, não duas vidas que se tornaram uma, mas uma vida que é duas. Imagino que Meu Inverso não acredita em almas gêmeas, como não acredito numa vida sem planos. Mas ele faz isso por mim e me prova diariamente que tudo é possível e mais simples do que imagino... E eu... de contrapartida, acredito que somos almas gêmeas por nós dois.

Nos conhecemos pessoalmente no dia 4 de novembro de 2010 e, em dezembro, faremos 9 anos de amizade... Já não tão, e unicamente "virtual", como de costume.

KIYH, NB!


ENGLISH

ONE YEAR AGO I made one of the biggest dreams of my life come true. Sometimes, I wonder if... that "was written". It's hard to discuss this with him, because he isn’t the type of guy who believes in things like that. He is my opposite. We are like Yin and Yang, broken in the middle and separated by the ocean. Our friendship began on December 6, 2002. He says that it was in day 2, when he sent the first message to my ICQ. I just answered in day 6, because, until then, my dial-up Internet connection only allowed me to be online on weekends and after midnight. We had 18 and 19 years old. My profile picture was horrible. And I was wearing a sunglasses that wasn’t even mine. He had a funny goatee that impressed me a bit. Lately, he removed it, and I put a nickname that I am still using today, with or without a beard. We created a verb in English, "to kiyh", because we used to say that our connection, our relationship, our "strange" (perhaps bizarre) affinity was so unusual as what we always felt for each other. Far or close, one thing is impossible: to forget him. I know I'm there too, somehow, as an inevitable piece of ourselves that was replaced. Bigger than the blue and yellow bracelet (our favorite color) that he tied around my arm when we met for real (or as the one that I left in his one). I learned that the distance kills many things slowly. When it doesn’t, make yourself sick. Many people get healthy, forget it, let it go... But I couldn’t. He neither. I concluded that... we don’t just respect each other, but also, our condition of having not only two lives like one, but one life which is two. I guess he doesn’t believe in soulmates, as I do not believe in a life without plans. But he does and proves daily that everything is possible and easier than I imagine... So I... counterpart, I think we're soulmates for both of us.

We met for real on November 4, 2010, and December, we will be 9 years of friendship... Not, and only, "virtual" as usual.

KIYH, NB!



Tuesday, November 1

Celeste e as necessidades


A verdade é que ela cresceu vendo que dessa vida não se leva muito... nem temos tantas necessidades como pensamos. Na maioria das vezes, criamo-las por caprichos.

Era caseira. E apesar de ver a si mesma com certo sarcasmo, não queria uma vida muito diferente. Era exigente, então, gostaria que algumas coisas fossem melhoradas, mas não sentia falta de nada.

Tá, tudo bem, às vezes!, porém, no geral, era abençoada: emprego, flat, dinheiro, gata de estimação, neve de vez em quando, internet, comédias românticas, pijamas e cama confortáveis, limpeza, amor, família...

O amor, por exemplo, talvez, pudesse trazer alguém compatível para embalar à noite... Ela não precisaria passar boa parte do tempo no travesseiro se culpando pelo processo infeliz dos anteriores.

A família bem que podia tomar uma atitude e se mudar para mais perto! Tinha saudade constante da amizade da mãe... e, às vezes, chorava um pouco solitária agarrada à gata peluda.

Bom, uma coisa era certa: ela não queria a vida de outrem. Gostava de sujar a blusa de molho shoyo de vez em quando. E a calça flanelada xadrez realmente precisava de um bom apreciador.

Ela estava disposta a mudar, ela queria mudanças, ela gostava de mudanças (se possível, muitas vezes!), mas ela tinha necessidades de grau indispensáveis e ela não abriria mão delas.



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 Adele - QUALQUER MÚSICA! *-*

 Novembro, novembro. Ah, novembro.

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Tuesday, October 25

The Lady Or The Tiger?


- Já leu "A dama ou o tigre"?
- Não.
- Uma princesa se apaixona pelo guarda, o que não é apropriado. Então, quando o pai dela, o rei, descobre, joga o guarda em uma arena.
- Ok.
- Atrás de uma porta tem um tigre que vai estraçalhá-lo, e atrás da outra tem a dama com quem ele seria livre para viver para sempre. A princesa é forçada a sentar na arquibancada e escolher o destino dele.
- O que ela escolhe?
- O autor não conta.
- O que acha que ela escolhe?
- Quando eu era mais nova, pensava que a princesa escolheria o tigre porque, quem iria querer ver o homem que ama com outra? Sinceramente, já passei por isso e... é realmente... Bem... É cruel demais.
- E agora? O que acha agora?
- Bom, agora... Gosto de imaginar que a princesa apontou para a dama, pois começo a pensar que amar significa querer que o outro seja feliz. Mesmo que signifique que ele não pode ficar com você.

Trecho retirado do seriado Private Practice, episódio S05E04.



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 Adele - Someone like you (continua!)


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Sunday, October 16

Celeste e um mundo melhor


Nessa altura da vida, não que ela fosse alguma velha coroca, aprendeu que era muito feio revidar provocações. Um dia, ela acordou, e tudo estava claro – passou a ter pena de quem apontava defeito nos outros (e se esforçou como uma verdadeira aprendiz para não se espelhar). Em casos desta natureza, ela acostumou-se a fazer uma pergunta que tinha resposta automática: por que as pessoas preferem apontar os erros dos outros? Não deveriam trabalhar suas próprias imperfeições?



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Adele - Someone like you


"Never mind, I'll find someone [better than] you".


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Thursday, September 29

Celeste e o milk-shake na piscina


Naquele dia, Celeste decidiu fazer algo diferente. Ficou na piscina tomando bons milk-shake, ainda que a água estivesse geladíssima. Mergulhou atordoada e ficou pensando... se as pessoas achavam que ela realmente tinha uma vida angustiada por causa dos textos que escrevia.

Na realidade, era a maior prova de que várias pessoas julgavam precocemente, porque, quando ela escrevia, alcançava o topo da satisfação pessoal. Ter um post digno, informativo ou solitário, assumia o lugar de qualquer monte de palavras que interessavam a ninguém.

E ainda insistiam nessa história de que ela estava na pior. É triste imaginar que, na cabecinha de alguns, se você escreve sobre alegrias, você é feliz, se não, é triste. Bom: se falar sobre assuntos que mantinham seu orgulho intacto era motivo para estar na pior, "pohãn", quando é que diabos ela estaria bem, né?




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;D

Hoje tem estreia? Temmm! "Private Practice" chegando na área! *-*

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Monday, September 26

Celeste e as pessoas


Celeste era do tipo que gostava de ser livre para manter sua paz interior. Portanto, e muitas vezes, costumava evitar pessoas... que geralmente desequilibravam suas energias, sua concentração.

Naquele dia, largou do trabalho um pouco mais cedo. Era outono. E no outono fazia todo sentido pegar ônibus e descer longe de casa porque passava na rua do parque e pisava nas folhagens alaranjadas que transformavam a rua num belíssimo tapete natural.

Às vezes, passava inspirando fundo, sentindo o cheiro de natureza molhada. O cheiro do inverno. Outras vezes, lembrava da viagem que tinha feito, anos atrás, e de como se sentiu quando viu tudo aquilo. Pensava na vida... e se algum dia, estaria segurando a mão do próprio filho, passeando pelas redondezas. Nada movia sua concentração, era sempre o de sempre, por uma estação inteira.

Chegou em casa e tirou a roupa. Era a noite dos seriados... Mas alguém telefonou.
- Cel?
- Ahm... - seu cérebro tentou associar, rapidamente, a voz masculina aquele apelido, mas sua memória não era tão boa quanto seus sentimentos, então, tudo que ela percebeu, foi que estava nervosa. - Sim?
- Estou aqui perto. Posso passar na sua casa?

O alarme de visita soou e ela começou a organizar as coisas dentro de casa. Na realidade, tudo sempre estava em seu lugar, o que ela fazia quando alguém resolvia passar lá, era tirar um papel jogado no centro... ou, talvez, a bolsa do trabalho no balcão da cozinha. Em seguida, correu para trocar de roupas (vinha assistindo alguns programas de moda e, encontrar com alguém, era sempre a chance de colocar em prática o que estava aprendendo). Tinha dó quando tirava o pijama, mas depois que se olhava no espelho, gostava e resolvia aproveitar alguns shorts e vestidos.

Quando a campanhia tocou, ela estava lavando o único copo sujo da pia. Com as mãos enxutas, atendeu a porta e recebeu o amigo com um abraço. Ela tinha o costume de agir naturalmente porque sabia que as visitas se sentiam mais tranquilas assim. Oferecia água, suco (e pedia desculpas porque não bebia, então, nunca tinha álcool na geladeira). Na sala, sentava no chão ou se espalhava na poltrona para deixar os amigos ainda mais a vontade. Desligava a televisão para conversar e deixava um som ambiente rolando baixinho. Celeste já estava acostumada a ter poucas pessoas na vida, mas era feliz porque sabia que as tais eram exatamente as que podia contar, para sempre. E lá estava uma delas.




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 :P

 Estreia dos seriados foi ótima! "Grey's Anatomy" matou uma angústia, "The Big Bang Theory" eliminou uma possibilidade, "Dexter" atiçou bastante, "Glee" trouxe mudanças e "Fringe" me deixou cheeeia de expectativas! O que esperar de "Private Practice"? *-*

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Thursday, September 22

Celeste em descompasso mental


Ela não gostava de usar palavras como "trabalho" e "universidade". Geralmente substituia por "escola" e "empresa", mas não dizia às pessoas porque não entendia muito bem. Na pior das hipóteses, tinha a síndrome de Peter Pan.

Na quarta-feira, em especial, espantou a preguiça pulando no chuveiro. Deixou a rotina ditar as regras... Batatas no almoço, transporte coletivo às 13h15... Conversou, leu jornais, escreveu, telefonemas... Tudo igual.

Em casa, alimentou a gata, tomou outro banho e escolheu um pijama limpo... Na realidade, não era um pijama. Era uma calça xadrez flanelada, com vários tons de azul. Combinava com a camiseta branca que ela usou para dormir quando viajou pela Europa.

Ainda no quarto, estourou uma espinha com a ponta dos dedos na frente do espelho. Depois, ficou observando seu reflexo. Da sala, ouvia a trilha sonora de "Tomates Verdes Fritos", o que, estranhamente, encaixou no contexto da situação.

Hummm. Preciso depilar o buço, as axilas e minhas pernas. Fazer as unhas dos pés e das mãos - pensou. Mas antes de falar nas sobrancelhas, encarou um par de olhos sem brilho. O mundo girou, o tempo voltou, pessoas se foram, outras voltaram.

Não quero! - respondeu à seu inconsciente que, loucamente, tentou acessar algumas lembranças. Saiu do quarto chateada. Não gostava de revirar situações. Tinha pena de si, às vezes, e não gostava disso. Desligou o som e apertou no controle da TV para ver o noticiário.

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Trilha sonora do filme em questão! É MUITO BOA!

"A pazzz... invadiu o meu coraçããão..."

50312 (Cheirooo!)


Monday, September 19

Celeste e o dia frio


Ela chegou do trabalho cansada. Tomou um banho porque não gostava de andar pela casa com o que ela costumava chamar de “pele de rua”. Tinha dinheiro e condições de ter um carro, mas andava de ônibus e metrô... e sabia que o transporte público era nojento.

Naquele dia, vestiu a blusa de cinema desbotada e o moletom cinza que usou a semana inteira. Colocou um prato congelado no micro-ondas, pegou um saco de Doritos e se jogou no sofá de dois lugares milimetricamente ajustado no flat, de frente para a televisão.

Lembrou que tinha quatro comédias românticas inéditas no pen-drive e acessou o conteúdo sem se preocupar com o noticiário. Apertou a seta para baixo do controle e fechou os olhos. “O que ver, hoje?”, foi o que pensou antes de soltar o botão e abrir os olhos.

O filme escolhido foi “Larry Crowne”, com Tom Hanks e Julia Roberts. – Ah, a enfezadinha! – Certa vez, leu numa revista que ela era uma atriz mal humorada e jamais esqueceu. Mas o micro-ondas apitou, então, ela fechou o saco de salgadinhos e deu pause.

Enquanto jogava no prato uma gororoba que a embalagem vendia jurando que se tratava de um congelado saudável, sua cabeça voou para uma realidade paralela e o resto de suas ações, comprometidas pelo seguinte pensamento, funcionaram lentamente.

No sofá havia um rapaz. E ela estava levando comida para dois. Ela nem bebia, mas tinha uma garrafa de vinho e duas taças no centro. Ele gostava de seriados mais do que as comédias românticas, mas não se importava de assistir na companhia dela.

Por incrível que possa parecer, ela usava as mesmas roupas, mas o cabelo estava preso e sua nuca exibia um traço erótico de sua pele cheirosa e sensível. Era proposital. Praticamente carregava uma faixa explícita que dizia “beije aqui!”.

Sentou ouvindo ele esfregar as mãos e dizer “hummm!”. Ela senta mostrando um sorriso de quem achou aquilo engraçado e coloca a primeira garfada direto na boca do homem mais cheiroso e paciente do mundo – e que era dela (ela tinha que ressaltar orgulhosa).

- Sei fazer ovos fritos. Com cebola e tomate picados. Maionese ou qualquer outro molho pode ajudar no sabor – ela solta desenfreada. – E posso dar um jeito no hambúrguer tradicional, se triturá-lo e acrescentar um tempero de mais cebola ralada e mais tomate.

- Você está aceitando o meu pedido de casamento?

- Não sei – disse interrompendo o rapaz para não perder a linha de raciocínio. – Eu... Nós vamos precisar de alguém para apanhar o cabelo do ralo do chuveiro porque eu tenho muito nojo. Muito nojo de verdade. E você precisa jurar que sempre estará por perto se aparecer algum inseto.

- Ha! Eu posso fazer isso, meu amor, sou seu super-herói!

- Sushi uma vez por mês, no mínimo. E... 

O filme passou do limite no pause e soltou a música de abertura. Ela pinoteou no chão de cerâmica da cozinha e percebeu que a comida já estava no prato. Suspirou balançado a cabeça enquanto dizia “babaca!” com si mesma e voltava para o sofá com o jantar nas mãos.



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Sem música, hoje.

Só Deus sabe como eu fico FELIZ de escrever um texto de primeira, que me agrade e que eu não precise editar uma só vírgula! Esse post vai para todos que já elogiaram alguma coisa que eu escrevi! São meus anjos, que me fortalecem e me dão asas! :D

50193

Sunday, September 18

Celeste, com o perdão das palavras


Estava meio revoltada, ultimamente. E não era com outra pessoa, era com si mesma, com seu passado, algumas atitudes que, por mais que tentasse mudar, se mantinham infantis.

Puta que pariu, era muito injusto! E o pior de tudo é que ela sabia que era uma espécie de karma que ela teria de carregar um tempo. Não saber o quanto disso era muita crueldade.

Às vezes queria brigar com o destino, que mandava ótimas oportunidades em fases da vida que ela ainda não entendia. O medo de falhar era zero, tinha escudo no peito, era invencível.

Mas a coisa toda acabava tomando forma. E isso era uma chatice. Porque as inseguranças e aquele incrível desejo de pular etapas e tempo voltava com força... e ela se perdia.

Estava aprendendo a lidar com pessoas... Mas coisas dentro de si mesma acabavam contornando situações que resultavam perfeitamente... Até a certeza se quebrar, frágil como vidro fino.

Tinha um dom ridículo de correr bem, e até rápido, de maneira surpreendente... Mas quando a linha de chegada alcançava seus olhos, as pernas cambaleavam e ela levava dos maiores estouros!

No fim das contas, acho que acabou descobrindo mais uma coisa que precisaria aprender a conviver. E não era com relação às reações diante das pessoas, mas com as reações de si mesma.

Ela superou muitos "dramas" interpessoais (só pela falta de palavra melhor, ela nem enxerga dessa forma, na realidade) e descobria, agora, que a próxima fase era lutar contra si mesma.

E não era uma briga muito fácil... Era uma questão de controlar o que, até pouco tempo, considerava crucial para escrever: dizer tudo que passava no corredor do pensamento.

Celeste sempre imaginou um mundo menos injusto. Graças a creças como esta, lutou para agir da maneira mais certa. Agora, entretanto, enxergava a relatividade da situação.

E começou a acreditar que "às vezes, é certo fazer a coisa errada". Acreditava no potencial de uma terceira coisa, mas era pano demais para continuar escrevendo neste post.



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Músicas para meditar.

 O dia hoje foi meio pesado, ocupei e usei a cabeça demais. XD

50160 :O

Wednesday, September 7

Chegando no "papel"


Confesso que estou cansada. De podar palavras, e de pensar demais antes de jogá-las no papel. Eu não sei exatamente quando foi que isso começou a acontecer, mas eu preciso dizer: não gosto.

E só como exemplo, a última frase, "mas eu preciso dizer", eu precisei mudar porque quando pronunciei a anterior, "mas eu tenho que dizer", não desceu bem. E isso é uma bosta.

Depois, eu acabo agregando mais um exemplo de loucura. O que é outra merda. Porque eu estou simplesmente tentando dizer que não gosto de escrever como faço, e já tem alguns anos.

Fico me perguntando se meu cérebro trabalha diferente das outras pessoas. Não basta que eu tenha uma ideia, como a de costurar uma roupa. Preciso passar no ferro e tem que vestir muito bem.

Depois de escrever, leio. Então, leio outra vez. E antes disso, já li umas três mil vezes cada parágrafo, enquanto construia. E para quê? Eu preciso sentir que as palavras escorregam.

Além disso, tenho outro probleminha, talvez de menor impacto, mas não menos importante: os parágrafos precisam manter um equilíbrio no tamanho. Sejam eles intercalados ou não.

Então, pode acontecer de, muitas vezes, ter o desejo de falar coisas, de certa maneira, e nem sempre me permitir tal façanha. Mas eu até que gosto. São como desafios de construção.

Quem leu até aqui deve me considerar muito pirada... Bom, não dói e nem faz mal. Às vezes irrita... Imagino que, algum dia, posso me tornar especialista no desdobramento, inclusive.

(Dei de ombros.)
Quem se importa?

Tuesday, September 6

Celeste e as caraminholas



Em casa, mais tarde, percebeu que pensar voltou a ser agradável. Imaginou que tinha alguma coisa a ver com um novo combustível nas engrenhagens mentais.

Às vezes se preocupava. Será que estava errada? E os últimos acontecimentos não tão bons seriam capazes de arrastá-la para mais uma tragédia?

Mas não aconteceu. Na realidade, estava feliz de suportar as desventuras tão bem. O ser humano não deve fingir alegria, se não estiver assim. Recolhimento, meditação. Pausa antes de continuar.

Ah, era engraçado! Ela queria dizer alguma coisa, mas não conseguiu lembrar no que estava pensando, só tinha certeza que foi uma ideia isolada, quando atravessou a rua mais cedo.

Bah! Desistiu e quebrou o post bruscamente.





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Chantal Kreviazuk o dia inteiro!

Eu sei, mas deixa pra lá.

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Sunday, September 4

Mais um verão, mais um setembro!


E o lema continua o mesmo: "ser melhor do que já fui". Hoje não desejo presentes materiais, mas espirituais. Quero paciência para lidar com a vida, com os obstáculos, com as pessoas. Quero, pelo menos, uma gargalhada por dia. Ter sempre alguém para conversar, minha família nas proximidades (minhas gatas de estimação estão incluídas no pacote, é claro!). Quero manter o meu interesse pelo conhecimento e continuar crescendo profissionalmente. Quero manter minha criatividade, minha sede pela escrita, pelas palavras. Quero conquistar meus sonhos, que nem são muitos e nem passam por cima dos outros. Gostaria que algumas "situações"/"condições" melhorassem (se for, que se vá. Se planeja ficar, se esforce!). Hummm: mais amor (porque amor demais nunca faz mal). Mais Sonhos de Valsa e sushis (mas estes devem fazer parte dos pedidos materiais)... Bom, vou terminar com um trecho da oração que tem me acompanhado bastante, ultimamente: quero ter mais e mais "forças para mudar o que for possível, coragem para enfrentar o que eu não posso mudar e sabedoria para distinguir umas das outras".


Um ótimo setembro para todo mundo!


Tuesday, August 30

Green box, green life!


Estava vasculhando jornais na redação da Assessoria de Imprensa onde trabalho, quando me deparei com uma matéria sobre um tal "Green box". Resolvi ler.

Para quem não sabe, Green box é um acessório para combustível que tem assustado especialistas porque reduz, consideravelmente, o tempo de consumo em cerca de 20% e causa menos efeitos negativos no meio ambiente quando acoplado a motores a diesel.

A matéria não falava exatamente sobre a invenção, que também não é velha (desenvolvida e testada entre 2006 e 2011 pela empresa norte-americana UCC), mas abordava, especialmente, a chegada do produto no Brasil.

A dententora do direito para uso e das patentes registradas no Brasil e na America do Sul é a IG-Fuel e seu processo, em suma, reduz a emissão de CO2 e outros poluentes, reduzindo problemas atuais, como o aquecimento global.

É um início. Uma descoberta que levará à prática, e, (por que não?) avanços de grande importância para o futuro do planeta. Só espero que não seja um produto caro, apesar de economizar no consumo de combustível. Custo-benefício ainda conta muito.

Sunday, August 21

Vinte e sete longe dos trinta


Isso é tão engraçado! Quando era pequena, fazer aniversário, ficar mais velho, era uma questão de honra. Ser mais forte e esperto ajudava a vencer mais fácil nos jogos, nas disputas... E era tudo brincadeira, no fim das contas.

O que acontece depois dos 25 anos (faço 27 dia 4 de setembro)? Que parte disso perde a graça? Eu vou dizer: não tinha nada para comemorar (a vida não estava do jeito que sonhei). "Poxa, tô ficando velha!" E isso era ruim graças às circunstâncias!

Então, fiquei me perguntando se é uma questão cultural... O que eu quero dizer, afinal, é que existe um limite que atravessamos, perto dos 30 anos, em que a diversão do aniversário não existe mais e cobramos um retorno do nosso destino a respeito dos sonhos não realizados.

É melhor acreditar que "tudo tem a sua hora" e que, diariamente, ganhamos a chance de tentar. Dizem por aí que os "trinta" são os novos "vinte", o que nos dá uma década a mais. Outros, inclusive, provam que o tempo nem existe! Por que vamos nos preocupar com isso, agora?



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Tô ouvindo o som das ondas do mar numa trilha de meditação. Muitooo bom.

Dia 4 de setembro vem aí! E eu vou continuar tentando!


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