Tuesday, January 22

Pânico da meleca


Mas eu estou com esse título na cabeça há tanto tempo que na hora de digitar a senha do meu computador, lá vai eu: "panicodamele... Ops!"

Hoje foi um daqueles dias atípicos: dilatei a pupila e fiz exame de vista. A notícia boa é que, aparentemente, um dos meus olhos estagnou. O outro, entretanto, avançou mais 0,25%. Se ficar velhinha com 1 grau de miopia em cada olho, tô no lucrooo! No asilo serei a velha do "olho que tudo vê", movey! I'll rock, beiber!

Tá aí: andei pensando nessa história de ter carinha de menina mais nova... E comecei a considerar o não uso do álcool no organismo. Porque, definitivamente, nos meus 28 anos de vida, se tomei 10 Heinekens, tomei demais! A verdade é que a certeza começou a surgir depois de uma matéria besta que encontrei na internet. O fato é: voltarei a nem sempre tomar aquela única longneck da noite.

E de volta à motivação pelo título: eis que não pude ir de carro para o tal oftalmologista por motivos que não merecem lá tanta explicação. Na volta, peguei o busão da mesma linha. Duas ou três paradas depois, entrou uma criança, uma menina de mais ou menos 7 anos, com a mãe. Ela era gordinha, estava absurdamente suada e com cheirinho de quem precisava de um banho. O tênis era muito colorido, ela usava um short jeans justinho e uma camiseta branca ensacada. Os cabelos estavam presos como os de Chiquinha e, em cada prendedor, despencavam duas tranças enormes e assanhadas.

As unhas estavam grudentas... e lembro que só prestei atenção nela porque seus dentes mostravam o sorriso de alguém que tinha um bruxismo negligenciado. "Tadinha..." Enfim. Detalhes à parte, notei quando minha mãe, de repente, me olhou com uma carinha assustada. Ouvi que a menina dizia: "olha, mãe, são duas catôtas! Agoraaa sãããooo trêêêsss catôtaaasssssssssss..." Reparei que depois ela ficou arrancando umas crequinhas das pernas para saborear (sim, ela estava comendo).

Ah, tem um diálogo que é fabuloso: "Olha como elas são brilhoooooooooooooooooooosas! Que brilho maravilhooooooooooso! Que catôtas brilhooooosas, mãe, olha sóóó!"

Não sabia eu que ainda estava tudo lindo! Na parada das criaturas em questão, eis que levanta a mãe, levanta a filha... e o ônibus dá uma brecada. Vamos a pergunta do quiz: onde foi que a menina se segurou (abre parênteses: com a mão suja de baba, suor, crequinhas e "catôta")? No meeeu braaaçoooooooooo! Agora faça alguma ideia de como cheguei em casa quase chorando enquanto repetia o mantra: quero tomar banho! Quero tomar banho! Quero tomar banho!

Pois é, dias atípicos têm destas coisas. #TENTEEVITAR



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191901


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