Sunday, May 8

Essa estranha incoerência


Não gosto disso e tenho mania de abominar as pessoas que dizem alguma coisa e, dias depois, estão dizendo outra, o avesso. Mesmo assim, hoje, cheguei à conclusão de que é natural. Torto, confesso, mas humano. Podemos titubear! Mentiroso é quem se contradiz demais (já dizia minha tatata(...)ravó: "tudo em excesso faz um mal danado"!).

Hoje, por exemplo, tô meio arretada, querendo vomitar bem aqui no blog, onde várias pessoas da minha realidade passam e lêem. Mas eu sei que uma noite de sono ou algumas horas assistindo alguma coisa legal são capazes de tranquilizar este humor febril, e depois, vou dizer que "foi melhor ter dito bulhufas".

Ontem, por exemplo, decidi cortar o cabelo entre minhas orelhas e ombros, mas, depois, hoje de manhã, respirei aliviada porque não agi precocemente (o lado bom da preguiça? Vai entender!). O fato é: a certeza de hoje, inverossímil amanhã ("hipótese").

Mas a gente tem que viver com isso. Certa vez, lendo uma discussão a respeito do Caos, vi uma frase que me deixou intrigada. Dizia mais ou menos o seguinte: "somos capazes de lembrar do passado, mas não conseguimos lembrar do futuro". Guardei-a como uma espécie de lema-axioma particular (e mantenho!).

Mais: Shakespeare, em Romeu e Julieta, criou dois personagens que se amavam, apesar de tamanha incoerência familiar. Além disso, também morrem no final... Lindo ou trágico? Não sei. Os dois? E, bem, que diferença faria nessa altura do campeonato se estão mortos?

Enquanto minha raiva, silenciosamente, tensionava os músculos da minha nuca, filosofei (o que é bem sadio, apesar dos pesares): "nem só de fala vive a comunicação". Foi uma das primeiras lições que aprendi na universidade. Conclusão? "Fingir ignorância é tão mais se importar".

E agora? Sem contexto?



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Feliz 1 mês de vida, meu amor!

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