Saturday, August 13

O que fazer?


O que é que a gente faz quando sobra amor? E quando não dá para se desfazer, ainda que saibamos que é mais sadio?

E isso existe? Amor enfermo? Doentio? Porque dizem que não é amor, é uma paixão louca.

Mas, digo, o sentimento é amor. Não é dúvida. É como uma enorme, infinita caixa cheinha de carinho... e outra dose de atenção.

E não é tudo. É uma saudade que só lembra do que foi bom. E que dá um jeitinho especial de aceitar os defeitos.

Eterniza algumas imagens, algumas sensações... Alguns momentos... Como da vez em que ele cruzou as pernas e prendeu as minhas.

Ou daquela vez que a gente se abraçou e eu senti o braço dele pressionar o meu corpo contra o dele. E se não for suficiente, tem aquele minúsculo instante em que ele sentou no chão de madeira e me encarou.

Ali foi... como uma multidão de falenas elétricas voando no estômago. E era tão perfeito, tão certo... E minha timidez cedia tão fácil.

Então, e de volta, eu quero saber: o que fazer com o que guardo aqui? É complexo porque não posso me livrar. O que tenho, o espaço que tenho para isso não tem fim, não cabe em outro lugar.

O amor adoece. Docilmente adoece.



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Chantal Kreviazuk (qualquer uma!).
Nem sei...

49031

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